04/05/10 10h38

Indústria têxtil brasileira define países-alvo para exportação

Folha de S. Paulo

A indústria têxtil brasileira fez uma lista de 13 países que serão alvo de exportação nos próximos dois anos. China, Austrália e Grécia são os potenciais novos mercados do setor. Para incentivar as vendas de produtos têxteis para esses e outros dez países (Colômbia, México, Argentina, Angola, Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Itália e Emirados Árabes), a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) assina hoje convênio de dois anos com a Apex-Brasil, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Para a China, as indústrias brasileiras exportarão produtos de maior valor agregado, para público de alto poder aquisitivo. Para a Austrália, a venda se concentra em roupas infantis e, para a Grécia, em artigos de cama, mesa e banho e linha praia. "Estamos nos preparando para elevar a participação do Brasil, que é menor do que 1%, no comércio têxtil mundial", diz Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit. O convênio envolve o valor de R$ 44 milhões (US$ 25,1 milhões), divididos entre empresários e governo para bancar participação de profissionais em feiras e eventos.

As 518 empresas que fazem parte do programa Texbrasil (de exportação de moda brasileira) deverão exportar cerca de US$ 460 milhões neste ano -5% mais do que em 2009. A indústria também se prepara para vender mais no Brasil. O consumo anual no país de fibras, usadas na produção de roupas, artigos de decoração e outros, por habitante é de 11 quilos. "Por muitos anos o consumo ficou entre 9 quilos e 10 quilos. Se o setor crescer 6%, o consumo de fibras vai superar 11 quilos ao ano por habitante." Os empresários se animam com pesquisa da A.T. Kearney, que, pela segunda vez, coloca o Brasil como país mais promissor para investimentos do varejo mundial de vestuário. A pesquisa considera tamanho de mercado, perspectiva de crescimento e gasto por habitante.