30/04/21 12h06

Instalação de painéis solares cresce 93% em um ano em Rio Preto

Diário da Região

Energia renovável, limpa e sem emissão de poluentes. Estes são alguns dos motivos que têm levado os rio-pretenses a investir em energia solar fotovoltaica. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 2020, o número de unidades geradoras de energia solar cresceu 93% em Rio Preto. Foram instaladas 797 unidades geradoras no ano passado. No ano anterior, foram 411. A potência total de produção em Rio Preto também aumentou, de 4,9 mil kilowatts em 2019 para 11,6 mil kilowatts em 2020. 

A vice-presidente da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), Barbara Rubim, explica que, em número de unidades que geram a própria energia, o uso residencial domina com praticamente 70% do número de instalações. "Mas se a gente olhar a capacidade instalada, aí o consumidor comercial tem uma maior preponderância, com sistemas maiores", afirma. 

No mercado rio-pretense desde 2014, a Ecolumi SP - Energia Fotovoltaica registrou aumento a venda de equipamentos em 2020. "Temos dobrado as vendas por dois anos consecutivos, considerando o mesmo período dos anos anteriores (janeiro a março). Nossa empresa aprova hoje 11,5% do total de homologações (aprovação para microgeração) de Rio Preto. O crescimento só não é maior devido à pandemia. Muitos clientes estão aguardando a circulação de pessoas voltar ao normal para dar continuidade ao projeto de instalação. Os pedidos são tantos que ampliamos a equipe de instaladores. Colocamos mais duas novas equipes nos últimos 40 dias", revela José Angelo Pascholão, diretor comercial. 

De acordo com o Portal Solar, as tarifas de energia elétrica no Brasil sofreram aumento médio de 31,5% entre 2014 e 2017. Em 2020, o aumento causou um impacto médio de 3,92% nas contas de energia. E, para este ano, a tendência é de novo aumento nas contas de luz. Em 2021, o reajuste deve ser o maior desde 2018. 

Somente no primeiro trimestre, houve um custo adicional de R$ 1,34 a cada 100 kilowatts-hora, devido à mudança da bandeira verde para a amarela. A expectativa é que a partir de maio ocorra o acionamento da bandeira vermelha. Caso ocorra uma alteração para a bandeira vermelha nível 1, a energia ficará 10% mais cara, a R$ 4,599 por cada 100 kwh; caso vá para a vermelha nível 2, aumenta em 21%, para R$ 7,571 a cada 100 kwh. 

Esta elevação constante nos valores da conta de luz vem fazendo com que consumidores optem pela energia solar como uma solução para economizar. Além de contribuir para a redução dos impactos ambientais, ela é inesgotável e gera uma economia de até 95%. 

Além disso, tem uma produção simples e eficiente, contando apenas com o funcionamento de painéis solares e do inversor solar para a captação e conversão da luz do sol em energia elétrica, distribuindo-a para toda a casa, comércio ou indústria de maneira limpa e sustentável. 

"O que a gente tem visto é a adoção cada vez maior da geração própria de energia a partir da fonte solar fotovoltaica. E dois motivos têm levado a isso. Um é o aumento elevado e constante das tarifas de energia elétrica. O outro fator é o crescimento da disponibilidade de linhas de financiamento", afirma Bárbara Rubim. 

E a pandemia de Covid, que obrigou as pessoas a passarem mais tempo dentro de casa, ajudou a impulsionar o negócio. "Registramos um aumento na procura de energia solar fotovoltaica no ano passado. As pessoas nos procuram para consultoria e para definir qual o melhor sistema solar dentre muitos que estão no mercado", explica Flávio Rodrigues, proprietário da empresa Lumensol. 

fonte: https://www.diariodaregiao.com.br/economia/2021/04/1230497-instalacao-de-paineis-solares-cresce-93--em-um-ano-em-rio-preto.html