Kimberly Clark avança em seus projetos de expansão no Brasil

DCI

O setor de limpeza doméstica pretende faturar 10% a mais em 2010 em relação ao ano anterior, segundo informações da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza a Afins (Abipla). De olho nesse crescimento, a Kimberly Clark, empresa norte-americana que atua no setor de higiene e limpeza, afirmou que investiu R$ 5 milhões (US$ 2,9 milhões) no setor em 2009 e que este ano vai se preparar para, em 2011, expandir seus negócios neste segmento no Brasil.

Em entrevista ao DCI, o diretor da categoria "cuidados com a família", Mário Loor, afirmou que pretende trazer no próximo ano as fabricações dos panos de limpeza da companhia para o Brasil. Hoje, os mesmos são importados da Colômbia. "Estamos muito otimistas e esperamos crescer 100% este ano para que, em 2011, possamos ter o setor completo no Brasil", afirmou Loor. Atualmente a empresa fabrica apenas lenços umedecidos no Brasil.

No ano passado a companhia faturou R$ 2,3 bilhões (US$ 1,34 bilhão) e o setor de limpeza representou 6% deste número. "Tivemos um resultado positivo no ano passado graças aos investimentos com a linha. Para nós, o número de 6% foi muito satisfatório", afirmou o executivo Loor.

A Hypermarcas, que atua no setor farmacêutico e no segmento de higiene e limpeza, teve uma receita líquida gerada por produtos do setor de limpeza nos primeiros nove meses de 2009 de R$ 210,3 milhões (US$ 122,3 milhões), 16,1% acima do registrado no mesmo período de 2008.

A esponja de aço Assim, um dos produtos mais lembrados da marca, fechou recentemente um acordo de patrocínio com o Corinthians, e o Assim passará a ser uma das marcas estampadas na camisa do time neste ano. Porém a empresa não divulgou o quanto foi investido nesta ação de marketing.

Em 2009, segundo a associação, o setor obteve um faturamento de R$ 12,2 bilhões (US$ 7,1 bilhões). "Este ano, é um momento muito importante para os fabricantes se destacarem nas gôndolas", enfatizou ao DCI a diretora executiva da associação, Maria Eugênia Proença Saldanha. Já em volume de vendas, o crescimento será mais de 8%.

Com dados estimados para os meses de novembro e dezembro, as exportações devem voltar aos patamares de 2007 com cerca de U$ 270,2 milhões no ano passado. No entanto, este valor foi 12,6% menor do que o ano passado, tendo em vista os reflexos da crise financeira internacional. Já as importações registraram uma redução de 17,5% quando comparado ao ano passado.