08/07/25 14h58

Lixômetro registra aumento de 21% na coleta de lixo flutuante no 1º semestre de 2025

Mais de 21 mil toneladas de resíduos foram retiradas pela SP Águas, contra cerca de 18 mil no mesmo período de 2024

Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de SP

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, em parceria com a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), registrou um aumento de 21% na coleta de lixo flutuante no Rio Pinheiros durante o primeiro semestre de 2025. O de retirada é realizado pela SP Águas, agência estadual responsável pela gestão hídrica do Estado de São Paulo. Entre janeiro e junho, os barcos que realizam a limpeza do afluente recolheram aproximadamente 21 mil toneladas de resíduos, contra cerca de 18 mil toneladas no mesmo período do ano anterior. Em 2024, ao longo de todo o ano, foram retiradas mais de 38,2 mil toneladas de lixo do rio.

Desde 2023, o Governo de São Paulo já retirou 94,9 mil toneladas de lixo e investiu mais de R$ 161 milhões na limpeza do Rio Pinheiros, o principal afluente do Tietê, recurso que poderia ser investido em outras políticas públicas. O trabalho é realizado por um barco que faz a coleta ao longo dos 25 quilômetros do rio para a retirada dos resíduos. Entre os materiais mais coletados estão garrafas PET, isopor (como marmitas descartáveis) e brinquedos (como bolas e bonecas). Também são frequentes objetos de maior volume, como sofás e colchões, que comprometem a qualidade ambiental do afluente.

“Esta ação do Lixômetro busca conscientizar a população que transita ao longo do rio e alertar aqueles que ainda descartam lixo de forma irregular. O Rio Pinheiros é um dos afluentes mais importantes do Rio Tietê, que forma a maior bacia hidrográfica do Estado. Como sociedade, temos a responsabilidade de preservar este importante recurso para as gerações futuras”, comentou a diretora-presidente da SP Águas, Camila Viana.

Toda essa poluição difusa – que chega ao rio vinda de diversos lugares – é resultado da ação humana, com o lançamento direto de lixo no rio ou pelas chuvas, que arrastam a sujeira das ruas até a bacia do Pinheiros. Jaguaré, Itaim Bibi, Morumbi, Guarapiranga, Vila Olímpia, Panamby e Capão Redondo são alguns dos bairros próximos ao afluente de onde podem vir os detritos, afetando também os animais que vivem no entorno do rio, como capivaras e diversos tipos de pássaros.

“A participação da sociedade é fundamental para o sucesso da despoluição do rio Tietê e seus afluentes, como o Pinheiros. Atitudes simples, como o descarte correto do lixo, fazem toda a diferença na preservação e limpeza do rio. A remoção dos resíduos flutuantes é apenas uma parte deste trabalho, que é um desafio enorme e beneficia não apenas a fauna e a flora, mas também a qualidade de vida da população do entorno, que hoje pode praticar atividades físicas às margens do rio”, comentou o subsecretário de Recursos Hídricos e Saneamento Básico da Semil, Cristiano Kenji.

O Lixômetro pode ser encontrado no Parque Bruno Covas, próximo à Casa Conectada, na entrada sentido bairro Interlagos, via Marginal Pinheiros. O painel registra e exibe os dados de coleta de forma visível para o público.

O Pinheiros é composto por dois canais: o superior, com 15 km de extensão, que vai da Usina de Pedreira até a Usina São Paulo (antiga Usina de Traição); e o inferior, com 10 km, que vai da Usina São Paulo até o encontro com o Rio Tietê, na Estrutura de Retiro, perto da Rodovia Castello Branco.

 

IntegraTietê

Para melhorar a qualidade do Rio Tietê e seus afluentes, como o Pinheiros, o Governo de São Paulo, por meio do Programa IntegraTietê e em parceria com outros agentes, tem implementado uma série de ações como a expansão do saneamento básico, o monitoramento da qualidade da água, o desassoreamento, o combate ao lixo e a recuperação da fauna e flora.

Apenas no Rio Pinheiros, a SP Águas retirou mais de 443.090 m³ de sedimentos desde 2023 por meio do desassoreamento, que visa remover materiais diversos (principalmente areia, além de lixo, galhos, folhas e terra das margens). Essa ação busca aumentar a capacidade dos rios para absorver as chuvas, contribuindo para evitar enchentes, melhorar as condições hídricas e, consequentemente, beneficiar a vida silvestre do entorno. O investimento no afluente foi de R$ 56,1 milhões.

Desde 2023, o Estado de São Paulo já retirou quase 3,5 milhões de m³ de sedimentos, sendo 3 milhões de m³ apenas dos rios Tietê e Pinheiros e aproximadamente meio milhão de m³ dos piscinões da Região Metropolitana. O volume total equivale à carga de mais de 291 mil caminhões basculantes. Até maio de 2025, foram investidos mais de R$ 625 milhões nessas ações, dos quais R$ 125,8 milhões foram destinados à limpeza dos piscinões.

 

Fonte: https://semil.sp.gov.br/2025/07/lixometro-no-rio-pinheiros-registra-aumento-de-21-na-coleta-de-lixo-flutuante-no-1o-semestre-de-2025/