04/01/19 09h22

Locação de escritório e galpão terá vacância menor

Valor Econômico

A Colliers International Brasil está otimista em relação à locação de escritórios comerciais e galpões logísticos e industriais neste ano. Há expectativa, de acordo com o presidente da consultoria, Ricardo Betancourt, que os dois segmentos se beneficiem da esperada expansão das empresas decorrente do crescimento econômico projetado e do aumento da confiança e que a taxa de vacância continue em queda. Em 2018, houve alguma recuperação na locação de propriedades comerciais.

No segmento de escritórios comerciais dos padrões A e A+ na cidade de São Paulo, a Colliers estima que a vacância fique abaixo de um dígito em 2019, situação que não ocorre desde 2013, conforme as pesquisas da consultoria. A Colliers projeta que, no fechamento de 2018, a taxa que mede a fatia de espaços vagos em relação ao total tenha ficado em torno de 19%, dois pontos percentuais abaixo da vacância registrada no fim de 2017.

"Não vai haver praticamente nada de entrega de escritórios nos dois próximos anos", diz Betancourt. Diante da combinação de menor disponibilidade de áreas, poucas entregas previstas e aumento de demanda por parte de diversos setores - como financeiro e de consumo -, proprietários têm reduzido as concessões de prazo de carência para início do pagamento de aluguel e "cash allowance" (subsídios dos proprietários a novos locatários), segundo o executivo.

Por outro lado, os preços médios pedidos por metro quadrado locado de escritórios ainda são, negativamente, impactados pelos valores das regiões com vacância elevada. O preço médio pedido fechou em R$ 83 por metro quadrado, mas o valor supera R$ 100 nas regiões da Faria Lima JK, do Itaim Bibi, da Avenida Paulista e da Vila Olímpia, na zona Sul de São Paulo, de acordo com pesquisa da Colliers.

Do estoque de novas áreas entregues no ano passado - 129 mil metros quadrados - 70% se concentra na região da Chucri Zaidan. A capital paulista tem estoque de escritórios A e A+ de 2,997 milhões de metros quadrados.

Em relação a galpões, a avaliação de Betancourt é que o crescimento do consumo previsto para 2019 resultará em impulso para o segmento. "Em 2018, galpões não apresentaram melhora da mesma forma do que escritórios. A reação virá a partir deste ano", afirma o presidente da Colliers International Brasil.

A consultoria prevê que, em 2019, sejam entregues, no país, 699 mil metros quadrados de galpões de alto padrão, estoque 42% superior ao que chegou ao mercado no ano passado. Apesar do aumento das entregas, a Colliers espera queda da taxa de vacância dos atuais 21% para 18%, devido à maior demanda.