25/11/10 11h16

Logística atrai novo sócio à Copersucar

Valor Econômico

Até então apenas cliente da Copersucar, maior comercializadora de açúcar e etanol do país, a Aralco, de Araçatuba (SP), decidiu se tornar sócia e passou a engrossar o time das usinas do oeste paulista que integram o grupo. Com capacidade para moer 7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em quatro unidades industriais, a Aralco entrou na lista das cinco maiores associadas e deverá reforçar a atuação da Copersucar no oeste, segundo maior polo de produção de cana do Brasil. Com mais essa adesão, a Copersucar passará a comercializar a partir da próxima safra (2011/12) a produção de açúcar e álcool de usinas que moem 121 milhões de toneladas de cana, ante as 114 milhões registradas na atual safra, em finalização.

Em 2014, a Aralco pretende pôr em funcionamento sua quinta usina, já batizada de Paisagem, também em São Paulo, com capacidade de moagem de 2,5 milhões de toneladas de cana por safra. De acordo com o diretor industrial da empresa, José Bilhamil Pelho Filho, o projeto já tem licença ambiental e deverá ser iniciado entre 2011 e 2012, com recursos estimados em R$ 160 milhões (US$ 94,1 milhões). O mix dessa unidade destinará 70% da moagem ao açúcar, de forma a equilibrar a produção da companhia, hoje em dia de perfil mais alcooleiro.

Fundada no fim da década de 70, a Aralco foi a segunda usina de cana a se instalar na região de Araçatuba - até então, a produção de cana concentrava-se no polo de Ribeirão Preto (SP), conta Pelho. Além das quatro usinas, a Aralco tem sob seu guarda-chuva uma empresa de cultivo de cana que é responsável por fornecer 80% do que o grupo consome por safra.

A adesão reforça a estratégia da Copersucar de crescer também na região do oeste de São Paulo, a mais recente fronteira de expansão do setor no Estado. Do lado da Aralco, a empresa vê na associação uma forma de aproveitar as oportunidades logísticas oferecidas pela comercializadora. "Estamos em uma das regiões canavieiras de São Paulo mais distante dos portos, o que potencializa a nossa demanda por competitividade logística. No entanto, nossa avaliação é de que não vamos conseguir isso atuando isoladamente", diz Pelho.