Marília ganha mais 1.303 empresas no 1º semestre
Diário de Marília
No sentido contrário, 1.092 estabelecimentos encerraram as atividades
Levantamento divulgado pela Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo) aponta crescimento de 19% no número de empresas constituídas no primeiro semestre de 2012 em Marília, em comparação ao mesmo período do ano passado. Nos seis primeiros meses do ano foram registrados 1.303 novos empreendimentos no município, contra 1.092 de janeiro a junho de 2011.
O levantamento leva em consideração a soma de constituições deferidas pela Jucesp com as formalizações de MEI ( Micro Empreendedor Individual), em prática desde julho de 2009, que foi responsável por 1.053 cadastros.
De acordo com o presidente da Jucesp estadual, José Constantino de Bastos Júnior, o número de adesões ao MEI foi o grande responsável pelo aumento da atividade empresarial. Para ele, o crescimento é resultado das novas oportunidades que o programa trouxe para os trabalhadores que atuavam na informalidade. "Agora esses empreendedores passaram a ter melhores condições para crescer e prosperar, com direito a todos os benefícios previstos em lei", explica.
O administrador do escritório regional da Jucesp, José Augusto Gomes, também relata a contribuição dos MEI nos dados do primeiro semestre. Segundo o ranking de setores, em primeiro lugar ficaram as empresas de vestuários com 316 cadastros, seguidos por cabeleireiras com 296 inscrições e pedreiros com 123.
Outros ramos em destaques foram estética com 112 cadastros e estabelecimentos de bebidas com 123. Gomes avalia que a economia da cidade está em um bom momento e a expectativa é que o segundo semestre seja ainda mais produtivo. " Toda parte da cidade está passando por investimento. A tendência para o próximo semestre é de progresso, os consumidores estão com créditos disponíveis. O MEI além de contribuir com a economia local é a melhor forma para sair da informalidade".
Já no primeiro semestre, o número de empresas que fecharam as portas caiu 6% em comparação ao mesmo período do ano passado. Até junho de 2012 foram 233 encerramentos, contra 248 empresas fechadas no ano passado.
Sobre o número de encerramentos de empresas, Gomes oferece duas alternativas que podem explicar os motivos para o baixo número de fechamentos. O primeiro é devido aos altos encargos para encerrar uma empresa e o outro é a preparação dos empreendedores para a abertura das empresas.
ESTADO
O Estado de São Paulo é líder no registro de novas empresas no Brasil, com 33,1% de participação no ranking do DNRC (Departamento Nacional de Registro de Comércio). Minas Gerais ocupa a segunda posição, com 9,4%, seguido por Paraná (7,9%), Rio Grande do Sul (7,4%) e Rio de Janeiro (6,6%). Em 2011, foram registrados um total de 444,6 mil empreendimentos no Estado.
Dentre os tipos jurídicos tradicionais, com exceção do MEI, as sociedades limitadas foram as preferidas dos empreendedores paulistas com 47% do total e os empresários individuais representaram 45%. Para o presidente da Jucesp, o cenário poderá sofrer variações nos próximos anos. "Os registros de microempreendedores individuais deverão continuar crescendo durante um período até se estabilizarem a longo prazo, abrindo caminho para transformações em modelos que permitam a ampliação do porte empresarial," diz.