15/12/09 10h59

Material de construção terá venda 10% maior, prevê varejo

DCI

O varejo de material de construção, que tem aproximadamente 138 mil lojas em todo o Brasil, prevê alta superior a 10% nas vendas no próximo ano, por causa dos incentivos do governo federal com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que se manterá até junho 2010, de acordo com a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). A entidade está otimista e prevê fechar este ano com 6,5% de crescimento em vendas, sobre os R$ 43,23 bilhões (US$ 25,1 bilhões) faturados pelo setor no ano passado.

Para Cláudio Conz, presidente da Anamaco, ainda neste fim de ano o volume de vendas deverá crescer em torno de 20% por causa do incremento do 13° salário e a proximidade das festas de fim de ano, quando acontecem reformas em sítios e casas de veraneio. "Certamente há muitas promoções em destaque este mês, porque a prorrogação da redução de IPI para junho de 2010 nos dá novo fôlego", disse ele.

Segundo o diretor de Marketing da Dicico, Cláudio Fortuna, a expectativa para o próximo ano é aumentar as vendas em um percentual maior do que os 20% que a rede prevê alcançar neste ano, que se iniciou sob influência da crise. "Vamos inaugurar 12 novas lojas no próximo ano e fazer investimentos em pessoal para melhorar ainda mais o atendimento."

De olho nas projeções otimistas do mercado para 2010, a rede C&C Casa & Construção, que possui cerca de 40 lojas, pretende investir em sua expansão e espera vendas ainda melhores: "Estamos trabalhando intensamente para localizar pontos adequados para abrir lojas. Queremos abrir em pontos bons, onde possamos atingir outros públicos", conta Jorge Gonçalves Filho, diretor-geral da rede. De acordo com o executivo, em 2009, o desempenho da C&C foi bom e acima do esperado no começo do ano pela rede que mesmo com a crise abriu um home center e reformou três unidades.

"Por enquanto devemos continuar a explorar o mercado de São Paulo e do Rio de Janeiro, e no futuro partiremos para outros estados brasileiros, além de investir no comércio eletrônico, novo canal de vendas da empresa, que cresce o dobro das lojas físicas, com 3 milhões de acesso ao mês", comentou Claudio Fortuna.