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Melhor cenário para aviões agrícolas

Valor Econômico - 03/05/2007

Depois de um vôo raso em 2006, quando encerrou o ano com vendas de apenas 11 aviões agrícolas, volume 63% menor que em 2005, a Aeronáutica Neiva, subsidiária da Embraer, vê um céu de brigadeiro para 2007. A comercialização de aviões agrícolas, sobretudo dos movidos a álcool, deve decolar este ano e atingir de 30 a 32 unidades, de acordo com Almir Borges, diretor da companhia. A retomada do setor deve-se à recuperação dos preços dos grãos no mercado internacional e também ao maior interesse do setor sucroalcooleiro nesses equipamentos. Nos últimos dois anos, as vendas de aviões agrícolas tiveram forte recuo. O baixo resultado foi atribuído à queda dos preços dos grãos. Em 2005, as entregas de aviões da subsidiária da Embraer somaram cerca de 40 unidades, ante as 83 negociadas em 2004, quando atingiu seu recorde. Com a recuperação dos preços das commodities, principalmente grãos, as consultas voltaram a crescer. Cada avião agrícola custa cerca de R$ 620 mil (US$ 305 mil), quase o mesmo preço de uma colheitadeira de cana. Esses aviões são usados na pulverização das lavouras, com aplicação de adubos, sementes e defensivos. A queda das vendas desses tipos de aviões acompanhou o baixo desempenho do setor de máquinas agrícolas, que também registrou fraco movimento nos dois últimos anos por conta da crise dos agronegócios. Única fabricante nacional de aviões agrícolas desde 1973, a Neiva também negocia kits de conversão de aviões movidos à gasolina para álcool. A frota de aviões agrícolas do país está estimada em aproximadamente 1,2 mil unidades.