Mercado de luxo dribla crise e registra crescimento na região

Shoppings de São José e Taubaté têm aumento nas vendas de artigos para classe A, acima do resultado para classe B e C

Glamour. Ostentação. As duas palavras não estão fora de moda, mesmo em meio à crise econômica. E uma prova disso é que o mercado de artigos de luxo tem crescido em São José e Taubaté, com uma intensidade maior que a do restante do Brasil.

Nos três maiores shoppings de São José, foi registrado um crescimento maior entre os artigos de luxo do que os itens voltados para os públicos B e C, por exemplo.

No Vale Sul Shopping, na zona sul, houve um aumento de 13% nas vendas no mercado de luxo, na comparação a 2015. Já no Centervale Shopping, o aumento foi maior: as lojas de luxo, principalmente aquelas voltadas para roupas, bolsas e joias, registraram aumento de 17%.

O Colinas Shopping também informou que o mercado de artigos de luxo sofreu menos com a crise econômica do varejo em relação as lojas voltadas para outros segmentos e que, consequentemente, aconteceu uma elevação nas vendas na comparação entre 2015 e 2016.

Taubaté. O Via Vale Garden apresentou aumento expressivo. O índice de consumo desse tipo de produtos de alto custo subiu 30%, principalmente na área voltada para joias. São lojas que apostam, sobretudo, em produtos de qualidade. Além disso, o ramo de luxo ganhou maturidade com o passar dos anos.

Para o economista Luiz Carlos Laureano estes índices não impressionam. Ele frisa que a recessão econômica não atingiu, de fato, todas as classes. “A situação da crise afetou da classe média para baixo. Os empresários realizam aplicações, não dependem de crédito, continuam trabalhando e podem comprar seus objetos de luxo. Inclusive, neste período de crise é onde eles \[empresários\] mais ganham dinheiro devido às taxas de juros”, analisou o economista.

Mercado. O gerente de uma loja de bolsas de alto padrão, Jessé da Silveira, explica que seus clientes não pararam de comprar e garante que os homens têm uma participação de peso para o aquecimento nas vendas e que parcelamentos e a qualidade dos produtos são um diferencial.

“Os maridos vêm até a loja porque sabem que não vão errar o presente. Diferentemente de quando compram roupas ou sapato. Ainda mais de uma marca famosa, como a Victor Hugo. Eles querem impressionar às esposas”, disse.