22/04/10 11h07

Mercado de pacote turístico esquece crise e prevê disparar 25%

DCI

A crise financeira nos Estados Unidos e a gripe suína afetaram ano passado o mercado de pacotes turísticos, mas este ano a previsão é aumento de 25% no Brasil este ano, sendo que nos próximos anos, o ritmo de expansão será menor, mas ainda assim, o segmento é dobrar de tamanho até 2014. As informações são do presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), José Eduardo Barbosa.

O cenário é positivo também para o segmento no mercado paulista, em que o número de famílias paulistas endividadas sofreu redução de três pontos entre os meses de março e abril de 2010, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio). Em relação ao mesmo mês do ano passado, a redução é ainda maior, com diferença de 10 pontos percentuais. O levantamento aponta que neste mês 46% das famílias paulistas estão endividadas.

Com isso, a perspectiva das operadoras de turismo que atuam nessa região é de crescimento moderado. Redes como CVC, TAM Viagens, entre outras, miram inclusive a pesquisa de inadimplência, que revelou ainda que o número de famílias inadimplentes, que não acreditam ter condições de pagar suas contas, voltou a subir após dois meses consecutivos de recuo. Hoje, 6% dos paulistas estão inadimplentes, em março eles representavam 4% da população paulista.

Adelaide Reis, assessora econômica da Fecomércio, afirma que o consumo e as operações a crédito no estado permanecem em alta, mas os consumidores têm parte de sua renda comprometida com o pagamento de dívidas, portanto receiam contrair novos empréstimos. "Só na cidade de São Paulo, a PEIC aponta que o total de famílias endividadas encolheu em mais de 1 milhão e 200 mil famílias de março para abril", destaca. A economista admite que, nos próximos meses, as taxas de endividamento e inadimplência do consumidor devem ser influenciadas pela oferta de crédito e taxa de juros e pelas variáveis de emprego e renda, ambas com perspectivas positivas para o primeiro semestre do ano. "A intenção de consumo permanece elevada com a aproximação do Dia das Mães, a segunda melhor data para as vendas do comércio", argumenta.