06/12/10 11h07

Mercado de tintas leva euforia à Basf e à Sherwin-Williams

DCI

O ano de 2010 foi marcado pela recuperação dos níveis de produção e vendas de tintas imobiliárias no Brasil. Os agentes do setor estão comemorando os resultados deste ano, que foram revisados e devem apresentar crescimento médio de 10,3% se somadas todas as categorias de tintas. As aplicadas na construção civil puxaram essas vendas, com alta que deverá chegar a 12% em relação a 2009. Para 2011 a perspectiva mantém-se positiva: fabricantes apostam em um crescimento entre 7% e 8% sobre a forte base de comparação deste ano, que já registrou o recorde de volume - mais de um bilhão de litros de tintas imobiliárias, de um total de 1,359 bilhão de litros se somadas as automotivas e as industriais.

De acordo com Antônio Carlos Lacerda, vice-presidente para a América do Sul de Tintas e Vernizes da Basf, multinacional alemã detentora das marcas Suvinil e Glasurit, todos os mercados do setor imobiliário tiveram desempenho importante para que o setor alcançasse essa performance. Para 2011 a expectativa da Basf é de um crescimento de 8% sobre os números deste ano. De olho nessa alta do mercado, Lacerda lembrou que a empresa está investindo cerca de R$ 100 milhões (US$ 58,8 milhões) para aumentar em cerca de 70% sua capacidade de produção nos próximos quatro anos. Este montante, disse ele, tem como destino uma nova fábrica, que poderá ser erguida em Guaratinguetá (SP). Além disso, há ampliações para a planta de São Bernardo do Campo (SP) e de Jaboatão dos Guararapes (PE). Com isso, a empresa passaria a ter uma capacidade instalada de 500 milhões de litros anuais.

Nos negócios da Sherwin-Williams, fabricante de marcas como Metalatex e Novacor, o ano de 2010 também é avaliado como positivo. O crescimento do setor de tintas imobiliárias ficou cerca de 2 pontos percentuais acima da média do setor, segundo o gerente de Marketing para o segmento na empresa, David Ivy Jr., que também vê 2011 com otimismo. Dentre os segmentos cujas vendas mais crescem está o premium, de valor mais alto.

O reflexo da expansão no segmento de tintas também foi sentido por fornecedores dos insumos para o setor. A Carbono Química registrou alta de 20% nas vendas de dióxido de titânio para a fabricação de tintas. A empresa também credita o crescimento aos benefícios fiscais que o setor obteve, aliados ao aquecimento do mercado imobiliário e à reforma de residências. Para 2011, afirma a Carbono, a perspectiva segue a tendência dos fabricantes, que é de expansão, neste caso, de 15% sobre os dados de 2010.