03/11/10 08h03

Mercado que mais cresce para a Kodak é o brasileiro

O Estado de São Paulo

O mercado mundial de câmeras digitais passa por uma fase de estagnação, mas vive uma espécie de "febre" no Brasil, que lidera a expansão das vendas da Kodak no mundo, de acordo com John E. Blake, vice-presidente da gigante norte-americana, que visitou o País na semana passada. "O Brasil é o mercado de maior crescimento. Tivemos uma expansão de dois dígitos no primeiro semestre do ano", afirmou o executivo.

Segundo o instituto de pesquisas GfK, as vendas de câmeras cresceram 51% no País entre janeiro e agosto de 2010, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em valores, a expansão foi de 40%, pois o preço do produto recuou 6% no período. O GfK mostra também que o consumidor busca câmeras que ofereçam imagens de melhor definição - 74% das vendas da categoria se concentram em modelos de pelo menos 9 megapixels.

De acordo com Blake, o mercado de câmeras digitais atualmente se mostra estável em 125 milhões de unidades por ano - com uma tendência de pequena queda nos próximos anos. Fontes de mercado, entretanto, apontam que em países onde a tecnologia já está muito difundida, como o Japão, a curva de vendas já é descendente. Por isso, as empresas do ramo de fotografia começam a tratar os mercados emergentes como consumidores de "primeira classe".

O Brasil já entra nos planos de desenvolvimento de novos produtos da Kodak. Em 2009, a empresa iniciou o desenvolvimento de uma câmera cujo objetivo era facilitar o compartilhamento de imagens em redes sociais como o Facebook. Para agradar ao público brasileiro, foi incluído também o Orkut, que era mais popular no País na época. "Hoje, a ferramenta para o Orkut está disponível em todo o mundo. Mas iniciamos a inclusão da rede social em nossa produção por Manaus", disse Richard Ford, diretor do segmento de câmeras digitais da companhia para as Américas.