04/09/12 14h47

Município terá parque tecnológico

Valor Econômico

Aguardado durante sete anos pela comunidade científica e por empreendedores, o Parque Tecnológico de Ribeirão Preto saiu do papel este ano. Idealizado para impulsionar o desenvolvimento tecnológico nas áreas de saúde, biotecnologia, tecnologia da informação (TI) e bioenergia, o parque é resultado de uma parceria entre a Universidade de São Paulo (USP), a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, a Fundação Instituto Polo Avançado da Saúde (Fipase) e a Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo.
 
O parque tecnológico será construído em uma área de 300 mil metros quadrados no campus da USP. A primeira fase engloba a construção de dois edifícios em uma área de 10,2 mil metros quadrados, com inauguração prevista para julho de 2013. Os prédios servirão de sede para a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica Supera - que conta com 26 companhias incubadas - e para o Centro de Desenvolvimento e Inovação Aplicada (Cedina).
 
As obras estão em fase de perfuração do solo para o alicerce. O projeto recebeu investimento do governo do Estado de R$ 11,2 milhões, dos quais R$ 6,6 milhões financiados pela Secretaria de Desenvolvimento e R$ 4,6 milhões fornecidos pela USP, disse Eduardo Cicconi, gerente de novos negócios da Fipase, gestora do parque tecnológico.
 
A Prefeitura de Ribeirão Preto vai investir R$ 1,8 milhão na construção de vias de acesso ao parque. Recentemente, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) também aprovou a liberação de R$ 1,1 milhão em recursos ao Cedina para aquisição de equipamentos e mobília destinados à nova instalação no parque tecnológico.
 
"Para a segunda fase será necessário captar mais recursos para desenvolver a área onde serão instaladas as empresas", afirmou Cicconi, mas sem citar uma previsão de investimento. A próxima fase da construção do parque inclui a instalação de um centro empresarial, uma Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec) e novos laboratórios da USP.
 
A Fipase solicitou à Secretária de Desenvolvimento do Estado de São Paulo o credenciamento do parque tecnológico em abril deste ano. Em maio, a USP assinou contrato com a Sistemas Engenharia e Arquitetura, vencedora da licitação, para dar início à construção dos prédios. A expectativa da Fipase é que o parque seja capaz de atrair empresas capazes de gerar, dentro de cinco anos, faturamento anual da ordem de R$ 1 bilhão.