07/07/09 10h45

Neotextil, de SP, amplia fábrica para exportar mais

Valor Econômico

A fabricante brasileira de tecidos tecnológicos Neotextil está investindo R$ 30 milhões (US$ 15,5 milhões) nos próximos quatro anos para ampliar a sua atuação em outros países, apesar da atual crise internacional. "As melhores oportunidades aparecem em momentos de crise. Além disso, nosso produto tem valor agregado e por isso não concorre com os chineses", disse Sérgio Ibri, presidente da Neotextil, que hoje vende para 12 países e quer aumentar as exportações para 22 nações.

Do investimento total, R$ 12 milhões (US$ 6,23 milhões) serão aplicados neste segundo semestre para aquisição de equipamentos a serem instalados na fábrica de Americana (SP), adquirida em 2007 da Vicunha Têxtil. Os outros R$ 18 milhões (US$ 9,33 milhões) serão revertidos para a abertura de pelo menos cinco filiais de vendas em outros países.

Hoje, a empresa fornece tecidos tecnológicos para marcas esportivas como Nike, Reebok, Olympikus, Fila, Umbro, New Balance entre outras. "Como já temos contratos com essas empresas no Brasil, temos chances de nos tornarmos também fornecedora em outros países", disse Ibri. Além desse nicho de mercado, a Neotextil também desenvolve tecidos inteligentes para grifes como Le Lis Blanc e Richards.

Em 2008, a receita da Neotextil somou R$ 43,7 milhões (US$ 23,9 milhões) e a previsão para este ano é que o faturamento tenha um aumento de mais de 50%.

Nos dois últimos anos, a empresa investiu US$ 2,6 milhões (US$ 1,35 milhão) na fábrica de Americana para aumento da capacidade produtiva. Na semana passada, a empresa investiu mais R$ 1,5 milhão (US$ 777,2 mil) para transferir seu centro de logística, que ficava em Itatiba (SP) para as instalações de Americana. A empresas possui ainda uma segunda fábrica de estamparia e tinturaria em Itatiba.