Net e Brasil Telecom atraem novos clientes, apesar da turbulência

Valor Econômico - 12/02/2009

O horizonte cinzento na economia já levou os brasileiros a abrir mão de trocar o carro e de adquirir itens como um computador novo, mas parece ainda não ter alterado drasticamente o consumo dos serviços de telecomunicações. Os primeiros balanços das empresas do setor para o quarto trimestre mostram que as vendas se mantiveram aquecidas entre outubro e dezembro, quando a bolsa despencava e o dólar subia. Há sinais de que esse quadro pode estar mudando, mas eles só poderão ser confirmados com os resultados do início de 2009.  A Net Serviços, operadora de TV, banda larga e telefonia, obteve receita líquida de quase R$ 1,2 bilhão (US$ 522 milhões) nos últimos três meses do ano passado. O número indica crescimento de 28% em relação ao quarto trimestre de 2007 e de 5,7% na comparação com o terceiro trimestre de 2008, quando o crescimento da economia se mantinha acelerado. O tíquete médio proveniente de cada cliente da operadora cresceu 4%, para R$ 136,24 mensais (US$ 59,2) no quarto trimestre. A aposta da Net é vender pacotes combinados de TV, banda larga e telefone fixo, o que eleva sua receita por assinante.  Na Brasil Telecom (BrT), assim como no caso da Net, o resultado refletiu o impacto da variação cambial nas despesas financeiras. A operadora lucrou R$ 115,3 milhões (US$ 50,1 milhões) no último trimestre do ano passado, com queda de 41,7%.  Em termos operacionais, a BrT apresentou alguns números favoráveis - o crescimento de 50,3% nas adições líquidas de celular no quarto trimestre do ano passado. Porém, as vendas de conexões de banda larga ficaram estáveis. A BrT apurou lajida de R$ 930,8 milhões (US$ 404,7 milhões), 5,3% maior que o valor registrado no quarto trimestre de 2007.