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Nona fábrica da Sabó no exterior será na Índia

Gazeta Mercantil - 31/07/2008

A Sabó, multinacional brasileira que produz componentes para a indústria automobilística, avança seu programa de internacionalização e direciona suas estratégias para a Índia, mercado emergente que atrai a atenção das grandes montadoras mundiais em razão da forte perspectiva de expansão como vem ocorrendo com os demais países integrantes do Bric (Brasil, Rússia e China). "Estamos prospectando entrar no mercado indiano em 2009, seja por meio de aquisição de um produtor local ou pelo fornecimento de peças para uma montadora naquele país", disse Luis Gonzalo Guardia Souto, diretor-geral da empresa para a América do Sul. A unidade indiana será a 11ª fábrica do Grupo Sabó e a nona unidade no exterior. Depois de manter durante dois anos seu escritório comercial, a empresa inaugura em outubro a sua fábrica na China, em Wuxi (localizada entre Beijin e Naijing, duas grandes cidades chinesas). O investimento de US$ 10 milhões será subsidiado pelo governo chinês. A unidade terá 10 mil metros quadrados e vai ocupar 20% de sua capacidade. Os retentores que serão fabricados na China terão tecnologia proveniente do Brasil e da Alemanha. Por causa do bom momento para a venda de carros no Brasil a Sabó vai ampliar o índice de ocupação da sua fábrica de Mogi Mirim, no interior de São Paulo. "De 65% de utilização da capacidade, vamos aumentar para 80% até o final do ano para atender o mercado local", comentou o diretor da empresa. Hoje o Grupo Sabó fatura US$ 350 milhões. Deste total, 60% são provenientes das operações no exterior e das exportações brasileiras. Para este ano, a estimativa do diretor é que o faturamento tenha um crescimento de 20% e suba de US$ 13,5 milhões para US$ 17 milhões. No Brasil a expectativa é que o faturamento cresça 7,89% e passe de R$ 380 milhões (US$ 196,9 milhões) que foram registrados em 2007 para R$ 410 milhões (US$ 256,3 milhões) neste ano. Dentro do seu programa de internacionalização a Sabó já tem sua bandeira instalada na Alemanha, onde mantém três unidades industriais; na Áustria e Hungria. No Japão a empresa brasileira tem seu escritório aberto desde 2007 e, depois de várias negociações e testes, conseguiu os primeiros pedidos de um sistemista (autopeça que fornece conjuntos prontos para as montadoras) e de uma montadora de veículo naquele país.