03/01/11 14h25

Norma, do grupo Carvajal, fatura 25% mais

Valor Econômico

A Norma, uma das três maiores empresas de produtos de papelaria do país, planeja investir R$ 3 milhões (US$ 1,8 milhão) em 2011 em melhorias de produção e marketing. Essa foi a mesma quantia que a empresa aplicou em 2010, quando o seu faturamento, não divulgado, deve crescer 25% em relação ao ano passado. A empresa pertence ao grupo colombiano Carvajal, com 106 anos de mercado, faturamento anual de R$ 3,4 bilhões (US$ 2 bilhões) e 23 mil funcionários. "Nos últimos três anos estamos nos profissionalizando. A família [Carvajal] está indo para o conselho e conta com um profissional treinado no grupo ou do mercado", afirma o diretor-geral da Norma, José Roberto Siqueira.

O executivo começou a trabalhar na Norma no início deste ano como parte do objetivo da empresa de profissionalizar a gestão. Ele presidiu a divisão de iluminação da Philips para a América Latina. Também passou pela Tintas Corale Unilever. Cerca de 95% do faturamento da Norma é gerado pela divisão de produtos de papelaria, como cadernos, agendas e mochilas. Os 5% restantes vêm da venda de livros didáticos. Siqueira estima que a classe C já movimente R$ 80 milhões (US$ 47,1 milhões) por ano com a compra de cadernos. Segundo ele, o mercado total brasileiro de cadernos está no patamar de R$ 480 milhões (US$ 282,4 milhões) por ano.

O executivo conta que em 2010 a empresa aumentou em 30% o número de produtos com preço de "entrada", mais baratos, com valores a partir de R$ 1 (US$ 0,59). No entanto, ele observa que os consumidores da classe C estão migrando dos produtos mais baratos e entrando numa faixa de preços mais elevados e com maior valor agregado. Como exemplo, ele cita o caderno com a imagem do cantor Luan Santana estampada na capa, que custa de R$ 5 (US$ 2,9) a R$ 6 (US$ 3,5). Esse produto está entre os mais vendidos da Norma em 2010. E, segundo Siqueira, teve grande aceitação pelo consumidor da classe C.