24/11/10 11h57

Novo site foca nicho corporativo

O Estado de S. Paulo

Mais uma empresa especializada na comercialização de presentes diferenciados está abrindo as portas no País. A partir de dezembro, a Pandora Experiências, criada pelo português Ricardo Ferreira e sediada em São Paulo, coloca no ar o seu site de vendas com a expectativa de se diferenciar das demais empresas do gênero ao focar o negócio no segmento corporativo. "Esse é o grande filão do mercado", diz Ferreira. "O Brasil tem grandes empresas e queremos oferecer a elas a oportunidade de fidelizar clientes e funcionários."

A Pandora oferece mais de 2,5 mil opções de caixas de presentes, que incluem experiências de aventuras, spa e beleza, hotelaria e gourmet, com preços que começam em R$ 70 (US$ 41) e chegam até o valor que o cliente esteja disposto a pagar. Uma viagem à Itália, por exemplo, que inclui uma visita à fábrica da Ferrari e direito a dirigir o carro mais desejado do mundo, incluindo passagem aérea e hotel, não sai por menos de R$ 20 mil (US$ 11,8 mil) por pessoa. Uma opção mais inusitada, uma expedição à Antártida, custa entre R$ 5 mil (US$ 2,9 mil) e R$ 10 mil (US$ 5,9 mil). A chance de pilotar um supersônico MIG em Moscou vale R$ 30 mil (US$ 17,7 mil).

A ideia de Ferreira, que já dirigiu uma empresa do gênero em Portugal, é entrar no Brasil via mercado online com foco no segmento empresarial, que deve concentrar 80% dos negócios nos dois primeiros anos de atividade. Após esse período, partirá para a venda das caixas no varejo. O negócio deve consumir R$ 2,5 milhões (US$ 1,5 milhão).

Parte do financiamento do projeto virá de um fundo de private equity brasileiro, formado por antigos executivos de empresas brasileiras, que deve deter 20% de participação no negócio. "O Brasil está cheio de oportunidades, ao contrário da Europa, onde o mercado está encolhendo por causa da crise", diz Ferreira. Num segundo momento, a Pandora deve iniciar a expansão para países da América Latina, com operações na Argentina, Chile e México. "São mercados mais promissores que o da Europa, onde esse tipo de negócio está bem maduro e a concorrência é grande." Segundo Ferreira, na França, a meca do setor, a atividade movimenta de R$ 1 bilhão (US$ 588 milhões) por ano.