03/12/09 12h30

O Boticário prevê expansão de 18%, para US$ 726,7 milhões

Valor Econômico

A direção do O Boticário aguarda o comportamento das vendas de Natal, quando espera crescimento de 20% na comparação com igual período de 2008. Se a expectativa for confirmada, a fabricante de perfumes e cosméticos deverá registrar aumento de 18% a 20% no faturamento do ano, chegando próximo a R$ 1,25 bilhão (US$ 726,7 milhões). O resultado é melhor do que o esperado no início de 2009 e maior do que os 15% previstos para o mercado em que a empresa atua. Para 2010, a meta é de incremento de 17% nas receitas e a abertura de 110 lojas, em cidades onde já atua e em novos municípios.

Os dados foram apresentados com entusiasmo ontem pelo presidente da empresa, Artur Grynbaum. Segundo ele, mesmo em ano de crise, em que muitas empresas anunciaram cortes em investimentos e pessoal, O Boticário aumentou o investimento em marketing em 40%, para R$ 150 milhões (US$ 87,2 milhões). No plano de abertura de lojas, estavam previstas 100 no ano e foram inauguradas 150.

Neste ano, também foi anunciado o maior investimento dos últimos anos da empresa, de R$ 170 milhões (US$ 98,8 milhões), em um centro de distribuição em Registro (SP), que começará a funcionar no primeiro trimestre, e na ampliação da fábrica, em São José dos Pinhais (PR), que deve ser concluída em 2012.

Grynbaum avalia que a estratégia de ampliar o catálogo de produtos, com itens voltados para a classe C, foi positiva. No ano, foram lançados 362 produtos da marca. Para o Natal, a empresa criou kits especiais para presentes, como faz desde 1997, e está apostando em campanha que fala em espalhar luz e beleza. O investimento em marketing para a data é de R$ 30 milhões (US$ 17,4 milhões).

Atualmente o Boticário conta com 2.810 pontos de venda no país e Grynbaum disse que o mercado interno continuará sendo prioridade. As exportações, segundo ele, representavam 3% do faturamento e agora estão em 2%, resultado de 70 lojas e mil pontos de venda em 13 países. O empresário acrescentou que há muita oportunidade no Brasil e, por isso, as empresas estrangeiras estão fortalecendo a presença por aqui. Antecipando-se a um questionamento que sempre é feito, ele afirmou que não tem planos de fazer captação de recursos via bolsa de valores.