20/01/10 10h38

Orçamentos de TI voltam a crescer

Valor Econômico

A indústria de tecnologia da informação recuperou o ritmo. Depois de um ano fustigado pela paralisação de projetos e a redução de orçamentos, o setor de TI prevê que os investimentos neste ano voltarão a crescer a um ritmo de dois dígitos, como vinha ocorrendo antes da crise, com expansão de até 15% sobre o ano passado.

O cenário positivo é confirmado por dez das maiores companhias do país - em faturamento e número de funcionários - que foram ouvidas pelo Valor. A relação é composta por Petrobras, Votorantim Industrial, Ambev, Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Braskem, Comgás, Klabin e Correios. Somando apenas parte dos orçamentos previstos (nem todas as empresas consultadas divulgam dados de investimento), chega-se a um volume de R$ 10 bilhões (US$ 5,8 bilhões) em recursos destinados à TI, o equivalente a aproximadamente 20% do que todo o setor - englobando equipamentos, software e serviços - prevê movimentar durante o ano.

Estima-se que o mercado brasileiro de TI movimentou cerca de R$ 60 bilhões (US$ 30,5 bilhões) em 2009, sendo R$ 12 bilhões (US$ 6,1 bilhões) oriundos do mercado de consumo residencial e R$ 48 bilhões (US$ 24,4 bilhões) de empresas. Segundo números preliminares da consultoria IT Data, esse resultado, praticamente idêntico ao de 2008, pôs fim à taxa de crescimento anual de 10% que vinha sendo registrada nos últimos anos.

Para 2010, as grandes empresas preveem ampliar ou pelo menos repetir o mesmo orçamento de tecnologia de 2008. O setor financeiro, historicamente o maior comprador de TI do país, continua a reger o andamento do mercado. Muitos bancos, envolvidos em projetos de longo prazo, optaram por não reduzir os gastos programados para o ano passado e atravessaram a crise financeira sem mexer no orçamento. Foi o caso de instituições como Banco do Brasil, Bradesco e Itaú, que têm renovado sua infraestrutura.