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Ouro Fino assegura projetos com novo empréstimo

Valor Econômico - 13/10/2008

A Ouro Fino, que produz insumos para diversas frentes de atuação do agronegócio, como defensivos, sementes e produtos para saúde animal, obteve na última quinta-feira, com o BNDES, empréstimo de R$ 85 milhões (US$38,6 milhões) para dar seguimento a seu processo de ampliação de atividades. Foi a maior linha já obtida pela empresa obtida de uma única vez em seus 21 anos de vida, segundo Fábio Lopes Júnior, diretor financeiro e administrativo da Ouro Fino. Com o empréstimo, todos os recursos para o projeto de investimento de R$ 270 milhões (US$ 122,7 milhões) até 2010 já estão assegurados, afirma o executivo. Os R$ 85 milhões (US$38,6 milhões) serão direcionados para a fábrica de defensivos que está em obras em Uberaba (MG). A empresa já havia obtido, em julho, financiamento de R$ 36 milhões (US$ 16,3 milhões) com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para pesquisa e desenvolvimento, dos quais R$ 10 milhões (US$ 4,5 milhões) já foram desembolsados. Em julho de 2007, a BNDESPar, braço de participações do BNDES, já havia injetado R$ 105 milhões (US$ 47,7 milhões) na companhia, da qual passou a deter 20%. A fábrica mineira deve ser concluída ao longo da safra 2009/10. Outro dos investimentos da companhia é dedicada à produção de vacinas contra febre aftosa, que consumiu cerca de R$ 50 milhões (US$ 22,7 milhões). A unidade, que fica no complexo da Ouro Fino localizado em Cravinhos (SP), na região de Ribeirão Preto, terá capacidade de produzir até 60 milhões de doses por ano. As obras já foram concluídas e a planta, em fase final de certificação, deve entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2009. A companhia colocou em operação, há poucos dias, a fábrica de hormônios para reprodução animal, também localizada em Cravinhos. A unidade consumiu investimento de R$ 5 milhões (US$ 2,3 milhões). Até a entrada da BNDESPar na companhia, mais de 90% das vendas da Ouro Fino concentravam-se no segmento de saúde animal. Apenas depois de 2010 é que a empresa deverá definir seus próximos investimentos. Se efetivados, eles deverão levá-la a atuar em áreas das quais ainda não participa. Uma das áreas que pode ser analisada é a de suplementos minerais, mas nenhuma alternativa foi discutida ainda, diz o executivo.