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Pacote dá impulso extra a varejo da construção

DCI - 11/02/2009

O anúncio de medidas do governo federal para incentivar o setor de construção civil - como redução do imposto sobre produtos industrializados (IPI), liberação de R$ 1 bilhão (US$ 435 milhões) do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS ) e incentivos de microcrédito para financiar a compra de material de construção - animam redes varejistas desse setor. Além disso, o governo anunciou recentemente incentivos habitacionais, com a construção de 500 mil casas populares como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além das que serão financiadas pela Caixa Econômica Federal (CEF). Este pode ser um mercado em potencial das varejistas de construção, pois as casas, inacabadas, fazem com que o proprietário tenha de colocar piso, azulejo etc. Fontes do setor dizem que o valor final de uma destas casas - em média, de 40 metros quadrados - deva ser de R$ 30 a R$ 60 mil (US$ 13/26 mil). Com estes valores, os analistas acreditam que não haja bom acabamento e que isto gere demanda por reformas. A expectativa é impulsionar os mais de 100 mil pontos de varejo de construção e impactar outros mercados. Cláudio Conz, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e membro do grupo de monitoramento da crise, diz que apenas estas medida não são suficientes para girar a economia. "A primeira medida que o governo deve tomar é a isenção do IPI em quase mil itens. A medida tiraria do governo R$ 1,1 bilhão (US$ 478 milhões) em arrecadação, mas a redução de preços gerada pela desoneração poderia garantir crescimento de 1% no produto interno bruto (PIB) 2009." Para ele, a construção de 500 mil casas é uma medida complementar do governo. "É necessário um fundo garantidor para executar a obra, pois o dinheiro será privado. Por baixo, o cálculo é de R$ 20 bilhões (US$ 8.7 bilhões) a mais na economia".