País ganha 1,5 milhão de habitantes em um ano, aponta IBGE

O Estado de São Paulo

Dados mostram contínuo movimento migratório para municípios de médio porte do interior

O Brasil tem 1,5 milhão de residentes a mais que em 2011. A estimativa é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foi publicada ontem no Diário Oficial.

O órgão calcula que a população brasileira tenha atingido 193.946.886 habitantes, 1.567.599 a mais que no ano passado. Um em cada cinco brasileiros vive no Estado de São Paulo, o mais populoso - são 41,9 milhões de pessoas, o equivalente a 21,6% da população.

A cidade de São Paulo é a mais populosa, com 11,37 milhões de habitantes, seguida por Rio de Janeiro (6,39 milhões), Salvador (2,71 milhões), Brasília (2,64 milhões) e Fortaleza (2,5 milhões). Entre os 15 municípios mais populosos do País, apenas 2 não são capitais - Guarulhos (1,24 milhão) e Campinas (1,09 milhão).

Dois municípios estão na rabeira entre os menos populosos do País: Borá (SP) e Serra da Saudade (MG), com 807 moradores.

A estimativa do IBGE aponta para o contínuo movimento migratório para municípios de médio porte do interior, entre 100 mil e 500 mil habitantes. Isso fica claro em municípios como Rio das Ostras, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, com economia impulsionada pela indústria do petróleo, que passou de 110.992 para 116.134 habitantes entre 2011 e 2012, aumento de 4,6%.

"A estimativa não aponta grandes mudanças, porque o tempo é curto para perceber mudanças em termos de dinâmica populacional. O que vimos foi o crescimento maior nas cidades de porte médio e nas cidades pequenas, de até 10 mil habitantes, com crescimento negativo", afirmou a pesquisadora Leila Ervatti, do IBGE.

Entre os Estados, depois de São Paulo, Minas Gerais é o mais populoso, com 19,85 milhões de habitantes (10,23% da população), seguido pelo Rio de Janeiro, com 16,23 milhões (8,36%). Roraima é o menos populoso, com 469,52 mil habitantes - pouco mais que em Santos (SP), onde há 419 mil moradores.

As estimativas populacionais são fundamentais para o cálculo de indicadores econômicos e sociodemográficos no período entre censos. É ainda um dos parâmetros usados pelo Tribunal de Contas da União para a distribuição do Fundo de Participação de Estados e Municípios.