20/03/15 14h12

Parque tecnológico será tema de reunião

Diário do Grande ABC

A vice-prefeita de Santo André, Oswana Famelli (PRP), se reunirá no dia 7 com o vice-governador de São Paulo e secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Márcio França (PSB), para tentar agilizar a criação do parque tecnológico no município. As discussões para viabilizar o projeto ocorrem há pelo menos cinco anos, mas ainda não saíram do papel.

Oswana, que também acumula o cargo de secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, espera que, no encontro, o Estado oficialize o credenciamento da cidade no SPTec (Sistema Paulista de Parques Tecnológicos). Esse é o primeiro passo para que o polo comece, de fato, a ser desenvolvido. “Após esse processo, podemos nos inscrever em projetos federais e internacionais, podendo efetivar a construção”, explica a vice-prefeita.

Em reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de Santo André, realizada na manhã de ontem na UFABC (Universidade Federal do ABC), Oswana garantiu ter atendido a todas as solicitações feitas pelo Estado sobre o projeto. “Quando entregamos toda a documentação (no ano passado), foi manifestado parecer favorável ao credenciamento, mas isso não foi oficializado.” A vice-prefeita acrescenta que ainda não há definição do recurso que poderá ser captado para o desenvolvimento das ações.

As áreas que abrigarão o parque tecnológico somam cerca de 200 mil m² e ficarão concentradas na Avenida dos Estados. O polo industrial deverá ter atuação focada em segmentos como químico, petroquímico, alimentação, Saúde, entre outros. O setor acadêmico da região também irá participar do desenvolvimento de tecnologias. Em todo o Estado, existem 28 iniciativas para implantação de empreendimentos desse tipo, sendo o primeiro em São José dos Campos. O objetivo do SPTec é atrair investimentos e possibilitar o surgimento de empresas, fomentando o desenvolvimento.

OCUPAÇÃO DO SOLO - A Prefeitura de Santo André está discutindo a revisão da Luops (Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo). O atual texto é de 2006 e terá mais do que o dobro dos atuais 180 artigos. De acordo com Oswana, um dos principais objetivos da mudança é designar áreas exclusivas para a atividade econômica na cidade, sem que haja problemas em locais de caráter residencial. A vice-prefeita acrescenta que a medida também visa estimular o desenvolvimento ao longo do eixo do Rio Tamanduateí, que possui cerca de 10 km², sendo que 25% das áreas estão disponíveis. “A localização é estratégica, pois está perto do Rodoanel, de São Paulo e da ferrovia.”