PDG Realty mira nova aquisição após Agre

DCI

Após anunciar a aquisição da Agre, união das incorporadoras Agra, Abyara e Klabin Segall, por meio de um acordo de troca de ações, a PDG Realty afirma ter outra negociação em andamento, que deve ser anunciada nos próximos dias, de acordo com o diretor presidente da PDG Realty, José Grabowski, em teleconferência a analistas, realizada ontem à noite. "A PDG sempre busca empresas que complementem a nossa atuação geográfica e por segmentos", declarou.

Na aquisição da Agre, por exemplo, ficou de fora do negócio a Asacorp Empreendimentos e Participações, que atua no mesmo segmento da Goldfarb, subsidiária da PDG com foco em baixa renda. A Agre venderá sua participação de 70% na Asa à Veremonte Participações, empresa do investidor espanhol Enrique Bañuelos, que também será sócio da nova empresa, com 5% das ações. Com a aquisição da empresa Agre, a PDG expande sua atuação

A nova companhia nasce com a maior meta de lançamentos entre as empresas de capital aberto do mercado imobiliário: entre R$ 6,5 bilhões (US$ 3,7 bilhões) e R$ 7,5 bilhões (US$ 4,3 bilhões), ultrapassando a Cyrela Brazil Realty, que tem meta de R$ 5 bilhões (US$ 2,9 bilhões). Noventa por cento será para os segmentos de média e baixa renda.

A união entre a PDG Realty e a Agre forma a segunda maior empresa de capital aberto do setor imobiliário, por valor de mercado da América Latina e dos Estados Unidos, aponta estudo da consultoria Economatica. No fechamento de segunda-feira (3), o valor de mercado da empresa era de US$ 5,116 bilhões, atrás da Cyrela, com cerca de US$ 5,245 bilhões. Também fica atrás em banco de terrenos, com R$ 29 bilhões (US$ 16,6 bilhões) contra R$ 32 bilhões (US$ 18,3 bilhões).

Outra gigante do setor, a Gafisa, reportou lucro líquido de R$ 64,819 milhões (US$ 37 milhões) no primeiro trimestre de 2010, um aumento de 76,5% em relação aos R$ 36,733 milhões (US$ 18,6 milhões) apurados em igual período de 2009. A receita líquida cresceu 67,5%, para R$ 907,585 milhões (US$ 518,6 milhões). De acordo com Wilson Amaral, presidente da companhia, a melhora da receita se deu pelo bom desempenho da sinergia operacional entre Gafisa, Tenda e Alphaville.