23/01/08 11h45

Perdigão vive o desafio de mudar gestão vencedora

Valor Econômico - 23/01/2008

Não deve ser pequeno o desafio do sucessor de Nildemar Secches na presidência da Perdigão. Depois de 13 anos, período em que o faturamento da companhia cresceu pelo menos 13 vezes e a empresa protagonizou um dos mais importantes negócios do setor de alimentos no país - a compra da Eleva -, Secches deixa o cargo em outubro próximo. O processo de sucessão, anunciado em abril do ano passado, foi antecedido por uma reestruturação do sistema de gestão da Perdigão, que era dividida em áreas e passou a ter quatro unidades de negócios: Perdigão, Lácteos, Bovinos e Exportação. Houve ainda a realização do chamado "job rotation" (mudança de cargos e funções), no qual executivos da empresa - cerca de 10 - passaram por diferentes áreas da companhia, numa preparação para, eventualmente, assumirem a presidência. O certo é que o novo presidente deverá ser um "bom operador", nas palavras de Secches, capaz de manter o patamar alcançado pela Perdigão, que após a compra da Eleva superou a Sadia em faturamento e valor de mercado. Se as dificuldades do novo presidente serão maiores - já que terá de manter o patamar atingido pela Perdigão - , ele também terá meios melhores para lidar com essas dificuldades, diz Secches. O novo presidente, acrescenta o executivo, vai ter mecanismos para dar continuidade ao crescimento da companhia. "Hoje a empresa está muito mais estruturada".