10/02/10 10h41

Pesquisa mostra otimismo do setor com economia em 2010

Valor Econômico

Os empresários da construção civil estão otimistas com o cenário dos próximos seis meses. Pesquisa inédita realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), revelou que eles esperam maior nível de atividade, novos empreendimentos, aumento das compras de matérias primas e mais contratação de trabalhadores.

Na avaliação do vice presidente da CBIC, José Carlos Martins, esse aquecimento está sendo garantido pelo programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV) e também pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que, na sua avaliação, "começou a andar". Com o Brasil vivendo um ambiente econômico de crescimento com juros menores, o impacto positivo na construção civil é imediato, segundo Martins. Além do PAC e do Minha Casa Minha Vida, há ainda ótimas perspectivas com as obras que serão necessárias para a Copa do Mundo de 2014 e para a Olimpíada de 2016.

O entusiasmo do setor com o Minha Casa Minha Vida decorre da formalização e da redução de tributos federais para moradias cujo valor não superar R$ 60 mil (US$ 32,4 mil). Para esse tipo de empreendimento, a carga de impostos e contribuições federais caiu de 7% para 1%, mas o governo federal ainda saiu lucrando porque vai arrecadar muito mais com a Previdência, pelo aumento do emprego no setor.

De acordo com a câmara do setor, 97% das habitações que eram construídas para a faixa da população que ganha até três salários mínimos dependiam de autogestão, mutirões e iniciativas das prefeituras. "O Minha Casa Minha Vida vai ocupar esse espaço formalizando o setor. É uma onda de otimismo que vem dessa mudança de cultura. O governo criou normas para a inclusão de milhões de pessoas que não tinham acesso à moradia", comentou Martins.