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Petrobras investe US$ 485,7 mi para produzir mais propeno

DCI - 28/04/2008

Para atender o consumo de matéria-prima da recém-inaugurada Petroquímica de Paulínia, joint venture entre Braskem e Petroquisa (braço de petroquímica da Petrobras), a Petrobras irá investir R$ 850 milhões (US$ 485,7 milhões) a fim de aumentar a capacidade produtiva de propeno de suas refinarias. O insumo será utilizado em substituição à nafta, derivado mais comum para obtenção de eteno (principal matéria-prima do setor petroquímico), para produzir a resina plástica polipropileno (PP). De acordo com Paulo Roberto Costa, diretor de abastecimento da Petrobras, o aporte será direcionado para construção de duas novas unidades de propeno na Refinaria de Paulínia (Replan) e Refinaria de São José dos Campos (Revap). Com os altos preços de petróleo e nafta, a Braskem prevê utilizar 50% de fontes alternativas em seu consumo total de matérias-primas nos próximos anos, diminuindo, assim, custos de produção. Após a incorporação da Copesul no ano passado, a companhia passou a ser a maior compradora de nafta no mercado global, com 8 milhões de toneladas por ano. Desse volume, cerca de 70% é comprado da Petrobras - com o preço do barril de petróleo nas alturas, a tonelada da nafta atingiu o patamar recorde nas últimas semanas, em torno de US$ 890. Com o complexo de Paulínia, a Braskem, maior petroquímica da América Latina, começa a adotar inovações que reduzirão os custos da empresa na produção de resinas. A nova planta, que custou cerca de R$ 700 milhões (US$ 400 milhões), representa uma ampliação de 350 mil toneladas na capacidade produtiva de polipropileno (PP) da empresa. É a maior planta do gênero do País. A previsão é que a planta de Paulínia produza 180 mil toneladas de polipropileno neste primeiro ano de operação. De acordo com José Carlos Grubisich, presidente da Braskem, a proximidade de Paulínia com as refinarias da Petrobras trará dinamismo e competitividade em larga escala. "Além da matéria-prima mais em conta, a planta de Paulínia conta com tecnologia atualizada, escala mundial e proximidade com o principal mercado de consumo do País", afirmou Grubisich. "A planta é exemplo de parceria e da transformação do perfil e da característica da indústria petroquímica nacional, com grandes grupos (Braskem e Unipar) à frente".