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Pfizer amplia as pesquisas no Brasil

Gazeta Mercantil - 14/04/2009

A Pfizer deve elevar em 20% a quantidade de pesquisas desenvolvidas no Brasil nos próximos dois anos, ampliando o número de pessoas atendidas atualmente, de 3,8 mil pacientes. O bom ambiente regulatório e a qualidade dos pesquisadores do País abrem oportunidades neste mercado, de acordo com a companhia. "As regras são fundamentais, porque quando a pesquisa é feita de maneira adequada o dado é aceito internacionalmente", afirma o diretor médico da Pfizer, João Fittipaldi.

Atualmente, a multinacional norte-americana chega a investir entre 15% e 17% do seu faturamento, de US$ 48 bilhões, em pesquisa. A ampliação das pesquisas no Brasil ocorre justamente no momento em que o País é incluído entre os 10 mercados mais promissores na visão do laboratório. Ser incluído nas pesquisas, especialmente em fase 2 e 3, é oferecer medicamentos inovadores já em uma etapa mais avançada de estudo. "Além disso, estes estudos permitem a troca de uma grande quantidade de conhecimento médico, proporcionando uma evolução dos tratamentos", diz Fittipaldi.

Presente no Brasil desde 1952, a Pfizer mantém hoje cerca de 50 pessoas trabalhando em estudos que são feitos em mais de 256 centros de pesquisas espalhados pelo País. Em 1998, esse grupo não chegava a 10 pessoas. "O surgimento da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o estabelecimento de regras e respeito a patentes foram fundamentais nesse sentido", afirma. Segundo o diretor médico, desde 1996, o número de pesquisas no País como um todo cresceu bastante, mas começou a reduzir o ritmo em 2004, e agora, segundo ele, com o crescimento da demanda por novos estudos, já começa a se fazer necessária uma readequação do sistema de autorização governamental.