Philips investe US$ 10 milhões em parceria

DCI

A holandesa Philips, líder do mercado nacional de iluminação, assinou uma parceria com a Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi) para execução do projeto EMO (Emerging Marketing OLED), que viabilizará o desenvolvimento da tecnologia OLED em território nacional. Com investimentos de US$ 10 milhões, a Philips estima duração de três anos para começar a comercialização do produto no País. Segundo o diretor de Tecnologia da Philips do Brasil, Walter Duran, ainda existe a possibilidade de a empresa construir uma fábrica no Brasil para a produção local do novo produto. "Ao fim dos três anos, a companhia avaliará se faremos uma nova planta. Vamos analisar as condições de impostos, logística e desenvolvimento de matéria-prima local", afirma Duran.

De acordo com o executivo, caso a empresa confirme a instalação de uma nova planta para as luminárias OLED, o Brasil será a plataforma de exportação do produto para toda América Latina. Há cinco anos a multinacional vem desenvolvendo este tipo de tecnologia OLED, em que os aportes já somam mais de 300 milhões de euros ao longo deste período. O novo recurso permite o uso de lâminas emissoras de luz no lugar de lâmpadas. O projeto conta com o suporte do Fundo Tecnológico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES-Funtec). O produto deve ser comercializado no Brasil em 2013, direcionado para o mercado profissional. "Nossa projeção é que para o consumo doméstico seja realizado em uma segunda etapa, com previsão de seis anos", explica Duran. Isso por causa dos custos do produto.

Atualmente, o OLED é pesquisado e desenvolvido pela Philips somente na Alemanha. No produto são utilizadas moléculas de carbono por meio de corrente elétrica que passa por semicondutores prensados entre duas lâminas de vidro, que podem chegar a 0,8 mm de espessura. Com economia de até 80% e vida útil de dez mil horas, a potência da luminária é de 150 watts, 15 vezes maior que a das lâmpadas incandescentes.