22/04/13 12h37

Polo Campinas-Sorocaba já é 2º maior PIB da indústria

Correio Popular

Na última década, o eixo formado pelas regiões de Campinas e Sorocaba apresentou um crescimento acelerado na aglomeração de indústrias.

Com o parque industrial cada vez mais diversificado, o eixo que passou a ser conhecido como “corredor asiático”, por receber grandes investimentos de companhias japonesas, sul-coreanas, taiwanesas e chinesas.

O resultado foi o aumento da participação do valor adicionado fiscal industrial (VAF) de 28,3% do total do Estado em 2000 para 33,5% em 2010. Juntas, elas ocupam hoje a segunda posição no conjunto do produto nacional industrial, à frente até de Estados inteiros, como Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Os investimentos anunciados somaram mais de US$ 21,5 bilhões no eixo de 2000 a 2010. A Região Administrativa de Campinas concentrou US$ 15,05 bilhões. Outros US$ 6,45 milhões foram aplicados por empresas que se instalaram ou ampliaram as atividades na Região Administrativa de Sorocaba.

Além desse eixo, pesquisa divulgada pela Fundação Seade mostra que o complexo industrial da cana-de-açúcar, que contempla cidades como Ribeirão Preto, Bauru e Barretos, também se destacou na atração de investimentos e no avanço do valor adicionado fiscal.

O estudo do Seade que aponta o deslocamento do desenvolvimento industrial para o Interior detalha que o VAF da área da cana-de-açúcar passou de 9,5% para 14% entre os anos de 2000 e 2010.

Os investimentos realizados pela indústria de transformação no período nas regiões administrativas do complexo chegaram a US$ 9,2 bilhões. E os recursos empregados nas usinas e também em fábricas de equipamentos para atender ao setor sucroalcooleiro impulsionaram também o parque industrial da região.

A análise do órgão estadual pontua que o eixo Campinas-Sorocaba recebeu investimentos pesados nos ramos automotivo (cuja cadeia agrega desde metalurgia básica até as grandes montadoras), farmacêutico (com polo formado por municípios como Campinas e Hortolândia), produtos químicos e petroquímicos, refino de petróleo, máquinas e equipamentos, alimentos e bebidas, papel e celulose e minerais não-metálicos.

O estudo ressaltaainda que a aceleração de obras estruturais e programas como o Minha Casa Minha Vida impactaram positivamente a indústria da construção civil.