09/02/09 11h40

Por maior eficiência e custo menor, JBS faz reestruturação

Valor Econômico - 09/02/2009

Para reduzir custos e ganhar mais eficiência nos negócios, a JBS-Friboi S.A. está promovendo uma reestruturação em sua gestão administrativa. A multinacional brasileira, maior empresa de carne bovina do mundo, iniciou um processo de mudança na gestão que vai resultar em demissões, promoções e transferências, mas também pode haver novas contratações, apurou o Valor. O número de demitidos pode ficar entre 30 e 40 pessoas no país, mas ainda não está fechado, segundo apurou a reportagem. Por meio da assessoria, a empresa informou ainda não ter a quantidade de demissões e promoções, que atingiu gerentes e analistas, mas disse que o número de promoções superou o de desligamentos. O principal foco da mudança é a regionalização maior da gestão, aumentando a autonomia das fábricas. Por isso, haverá transferências de executivos que hoje atuam na sede da JBS, em São Paulo, para as unidades espalhadas em nove Estados. Com isso, a expectativa é um maior comprometimento das unidades na busca de resultados. As mudanças foram iniciadas em agosto de 2008, mas ganharam fôlego com a crise financeira internacional, que tem afetado o consumo no mundo, com reflexos nas exportações de carne bovina. A avaliação na JBS, apurou o Valor, é de que a economia brasileira deve ser menos afetada e também o consumo no mercado doméstico. Assim, ganha força na estratégia da empresa um trabalho mais próximo ao varejo e ao food service para ganhar mercado no Brasil. A busca da proximidade com o cliente já é uma constante na operação da JBS no exterior. Com 23 fábricas no Brasil, a JBS tem também oito unidades nos EUA, oito na Austrália e cinco na Argentina. A empresa encerrou o terceiro trimestre de 2008 com receita líquida de R$ 7,8 bilhões (US$ 4,3 bilhões), 48% mais que em igual intervalo de 2007 e lucro líquido de R$ 694 milhões (US$ 379,2 milhões), ante prejuízo de R$ 189 milhões (US$ 98 milhões) de julho a setembro de 2007. A JBS atribuiu o resultado a melhorias operacionais na Argentina e EUA e aos efeitos positivos da apreciação do dólar sobre o valor dos ativos no exterior.