07/05/08 14h50

Produtores propõe participação no sistema de rastreabilidade

DCI - 07/05/2008

O setor produtivo de carne bovina e o governo federal deram, recentemente, dois passos importantes para a eficácia da rastreabilidade no País - cujas falhas levaram à redução das vendas para a União Européia (UE). A primeira mudança foi determinada pelo governo federal na última sexta-feira, por meio do Diário Oficial da União. Os estados exportadores de carne in natura para a União Européia também deverão fiscalizar as fazendas exportadoras cadastradas no Estabelecimento Rural Aprovado no Sisbov (Eras, novo Sisbov), trabalho feito pelas certificadoras. O maior exportador de carne para o continente atualmente é Minas Gerais, que já treinou 29 fiscais estaduais em março - os profissionais participaram de treinamentos em Brasília. Os eventos contaram com a participação de veterinários europeus. Das 95 fazendas autorizadas atualmente a exportar carne in natura para a União Européia, 79 são mineiras. O estado possui 1.283 propriedades cadastradas no sistema. "As propriedades eram visitadas duas vezes por ano pelas certificadoras. A partir dessa norma, receberão quatro visitas de auditorias, sendo que duas delas feitas pelos fiscais estaduais", conta Altino Rodrigues Neto, diretor geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão ligado à Federação de Agricultura daquele estado. Com a visita dos fiscais do estado, lembra Rodrigues Neto, o trabalho das certificadoras também será avaliado. Para José Vicente Ferraz, diretor técnico do Instituto AgraFNP, se trata de avanço da fiscalização. "Haverá um fiscal independente avaliando o processo, o que é bastante positivo também para a imagem".