22/12/09 11h22

Projeções do mercado para o PIB se mantêm estáveis

Valor Econômico

A estimativa dos analistas do mercado financeiro para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) passou de menos 0,26% para menos 0,23%. Para 2010, a projeção de crescimento foi alterada de 5,03% para 5%, segundo o boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central. A produção industrial, segundo as estimativas, neste ano deve ter retração de 7,62%, ante queda de 7,65%, prevista no boletim anterior. Para o próximo ano, a estimativa é de crescimento da produção industrial de 7,11%, pouco acima dos 7% previstos anteriormente.

A projeção para a relação entre dívida líquida do setor público e PIB foi alterada de 44,50% para 44,80%, em 2009, e de 42,50% para 42,90%, em 2010. A expectativa para a cotação do dólar subiu de R$ 1,73 para R$ 1,74 no fim deste ano e foi mantida em R$ 1,75 ao fim de 2010. A previsão para o superavit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi mantida em US$ 25 bilhões, neste ano, e em US$ 11,3 bilhões, em 2010. Para o deficit em transações correntes neste ano, os analistas alteraram a estimativa de US$ 18 bilhões para US$ 18,2 bilhões. Para 2010, foi ajustada a projeção de deficit de US$ 40 bilhões para US$ 40,350 bilhões. A expectativa para o investimento estrangeiro direto foi mantida em US$ 25 bilhões, em 2009, e em US$ 35 bilhões, em 2010.

Os analistas aumentaram a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, ao fim de 2010, de 10,63% para 10,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 8,75% ao ano. Para 2010, a projeção dos analistas do mercado financeiro para a inflação oficial em 2010 está no centro da meta de 4,50%, a mesma estimativa do boletim anterior. Para este ano, os analistas alteraram a projeção de 4,31% para 4,29%. A meta de inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 4,5%, com limite inferior de 2,5% e superior de 6,5%, válida para este ano e para 2010.

A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) neste ano foi alterada de 3,87% para 3,82% e mantida em 4,50% em 2010. Segundo o boletim, foi reforçada a expectativa de deflação, medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) e pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), neste ano. A estimativa de queda para o IGP-DI passou de -1,02% para -1,27% e para o IGP-M, de -1,30% para -1,35%. Para 2010, foi mantida a projeção de alta de 4,50% para os dois índices. A projeção para os preços administrados foi alterada de 4,29% para 4,31%, em 2009, e mantida em 3,50% para 2010.