27/08/09 11h15

Projetos de álcool da ETH, da Odebrecht, entram em operação

Folha de S. Paulo

Dois anos depois de anunciar que entraria na produção de álcool, açúcar e cogeração de energia, a ETH Bioenergia - o braço da Odebrecht no setor sucroenergético - inicia as operações nos três projetos "greenfield" que desenvolveu. Apesar da crise global e do aperto vivido pelo setor desde 2008, a empresa diz que não retardou investimentos nos projetos e inaugura hoje o "greenfield" (projeto de implantação de usina começando do zero) de Goiás. Os de São Paulo e Mato Grosso do Sul começam a operar nas próximas semanas.

Do lado da produção de matéria-prima, a crise no setor sucroalcooleiro fez alguns produtores pisarem no freio no plantio. Com isso, a empresa inaugura o "greenfield" de Goiás, na cidade de Caçu, moendo 90% de cana própria. A intenção da empresa é operar com 55% a 60% de cana própria em suas unidades.

A ETH já nasce com força -sua capacidade de moagem é de 13 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano. Os três projetos que serão inaugurados têm capacidade de moagem de 9 milhões de toneladas - outras duas unidades adquiridas prontas em 2007 e 2008 moem mais 4 milhões de toneladas. Nesta safra 2009/10, ela prevê moer de 7 a 8 milhões de toneladas de cana e produzir 500 milhões de litros de álcool. A produção de açúcar pode atingir 230 mil toneladas.

A ETH, que tem 33% de participação da japonesa Sojitz Corporation, espera atingir a moagem de 40 milhões de toneladas até 2015. Se concretizada essa meta, a empresa atingirá, naquela data, a produção de 3 bilhões de litros de álcool e de 1,2 milhão de toneladas de açúcar, gerando também 1.300 megawatts de energia por ano. A moagem total do setor nesta safra deve ser de 550 milhões de toneladas no centro-sul, com produção de 25,3 bilhões de litros de álcool e de 30 milhões de toneladas de açúcar.