11/09/12 13h45

Projetos visam expansão do Porto

A Tribuna

As importantes modificações do setor portuário e o crescimento das operações no Porto de Santos, nos últimos anos, impulsionaram investimentos em infraestrutura e expansão do complexo santista. Entre os segmentos vistos com atenção, estão os de cabotagem, que realiza o transporte entre os portos nacionais, utilizando a costa marítima ou vias fluviais, e offshore, responsáveis por dar suporte as operações de petróleo o e gás. O fortalecimento das operações com granéis líquidos também está incluído nos projetos de expansão do Porto de Santos. Os canais de Bertioga, Alemoa e Largo Santa Rita poderão receber unidades offshore nos próximos anos. Estão previstos também investimentos na Área Continental de Santos. Há pelo menos 13 anos, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) estuda o projeto Barnabé-Bagres, que prevê a instalação de estaleiro de construção e reparo naval; base de apoio às atividades offshore, com movimentação de carga geral; cluster (condomínio empresarial)de apoio ao estaleiro e à base offshore; áreas de apoio e utilidades; infraestrutura para recepção e tratamento de água de lastro de navios, águas residuais, limpeza de tanques, armazenamento e movimentação de granéis líquidos; e áreas para armazenamento e movimentação de granéis sólidos, na Ilha Barnabé. A proposta foi inserida no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto, mas ainda não saiu do papel. Caso viabilizado, o Complexo de Bagres vai permir que Santos tenha pela primeira vez na história um local apropriado para consertar navios e tratar água de lastro. Segundo dados da Codesp, na Ilha Barnabé ainda existem trechos para a construção de novos berços sem que haja prejuízo aos já existentes na região da Ilha. Nesse sentido, existem planos para transformar a ilha no maior terminal do mundo para exportação de etanol, chegando à meta de 360 milhões de litros em tancagem. Paralelo ao projeto de Barnabé Bagres, um empreendimento do grupo italiano Saipem movimentará o setor naval no Porto de Santos. Na antiga área do Terminal Portuário de Guarujá (TPG) – instalação que nunca chegou a sair do papel e que seria erguida no terreno da Nobara, no Centro Industrial Naval de Guarujá (Cing)- a empresa irá implantar um estaleiro para construção de submarinos e outras estruturas flutuantes. Além disso, o espaço também servirá como base de apoio a plataformas de petróleo que irão operar na Bacia de Santos. A construção do terminal da Brasil Terminal Portuário (BTP), na Alemoa, terá capacidade para movimentação de 1.800.000 TEUs/ ano e 1.200.000 t/ano de granéis líquidos. O empreendimento irá gerar 1.500 empregos diretos e 9 mil indiretos. O investimento total previsto é de R$ 1,6 bilhão