Prudente tem melhor nível de emprego desde 2013

No acumulado de 2019, cidade fechou o ano com a variação de +0,68%, o que significa superávit de 417 postos de trabalho

Com a crise política e financeira, ao longo dos anos, todos viram grandes números de postos de trabalho sendo fechados no país todo. Na região não foi diferente e o saldo do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) pontuou isso ano a ano. Mas, em um sinal de “recuperação lenta”, como analisado por especialistas, 2019 fechou com esperança. Prova disso é que o nível de emprego em Presidente Prudente, no ano passado, emitiu a melhor variação desde 2013: +0,68%, o que é equivalente a um superávit de 417 postos de trabalho. Foi possível traçar o paralelo anual, uma vez que a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia divulgou ontem os dados do último mês.

Nesse comparativo, foi possível constatar que a variação positiva de 2013 ficou em 1,75%, que é o melhor cenário nos últimos seis anos. Em 2014, ainda houve superávit (0,66%), parecido com os números do ano passado, mas ainda inferiores. Isso quer dizer que, pelo menos nos últimos quatro anos antes de 2019, o município enfrentou tempos de baixas (veja tabela).

E realmente enfrentou. Como analisa e explica o educador financeiro Moisés Martins, foi um período de se fazer o necessário. “As pessoas vivem em função de serviços. E nesse contexto, elas começaram a fazer somente aquilo que é necessário”, completa. Como, por exemplo, determinada pessoa, que sempre pagou um escritório de contabilidade para fazer a declaração do imposto de renda. Com a crise, optou-se por realizar sozinha, sem gastar com o serviço.

 Foram ajustes orçamentários, segundo o especialista, que no final das contas reflete na contratação e demissão de pessoas. “Menos serviço, menos mão de obra necessária e mais demissões ou o interrompimento de contratações”, pontua.

Mas os números atuais mostram duas situações: a retomada da economia, mesmo que lenta, e um respirar de pessoas que estão vivendo com esperança. Isso quer dizer que a situação atual é boa? Não, segundo Moisés, mas que existe, sim, um caminho certo sendo percorrido. “É aquela cadeia. As pessoas confiam mais e voltam a comprar. Por sua vez, o comércio volta a ficar aquecido, a indústria volta a produzir e as contratações também retornam”, explica.

Em 2019, os setores que tiveram melhor desempenho, isto é, saldo com mais vagas abertas, foram, respectivamente: serviços (522), a construção civil (141) e o comércio (139).

ANOS DIFÍCEIS E APOSTA NO FUTURO

Os dados do Caged mostram que de 2015 a 2018 foram, nessa temporada analisada, os piores anos produtivos. E de 2013 para 2014, mesmo com saldo de emprego positivo, a queda também já era vista. “Sem sombra de dúvidas, isso mostra que foi o período que a crise financeira chegou ao ápice no país”, confirma Moisés ao ser questionado.

Mas, a partir de agora, duas coisas precisam ser validadas, ainda de acordo com o especialista: “o posicionamento do brasileiro já está diferente, ao apostar na busca por emprego”. Coisa que deixou até mesmo de existir, “por não haver esperança”, frisa. Porém, hoje, “com mais confiança, é necessário que esse sentimento também seja atrelado ao entendimento de que, futuramente, a solidez chegará quando a consciência entender que a resposta para tudo é a educação”, acrescenta.

fonte: http://www.imparcial.com.br/noticias/prudente-tem-melhor-nivel-de-emprego-desde-2013,32243