12/08/09 11h29

Quattor conclui expansão em setembro

Valor Econômico

Com mais de dois anos de atraso e custos acima do inicialmente previsto, a expansão do polo petroquímico do ABC paulista deve finalmente ser concluída. A Quattor anunciou ontem que espera pôr até setembro em operação a nova capacidade de produção integrada de polietileno, resina usada em embalagens e artefatos plásticos. "Estamos ultimando o investimento", disse o presidente da Quattor, Vítor Mallmann. A empresa já colocou a fábrica de polietileno, que produzirá 250 mil toneladas a mais, em testes. Agora, espera concluir nos próximos 30 dias a integração dela com a unidade da Quattor Químicos Básicos, a antiga Petroquímica União (PQU), que produzirá a matéria-prima, o eteno.

Segundo Mallmann, para concluir esta etapa, faltam finalizar as unidades de tratamento de gás de refinaria (usado para a produção do eteno), localizadas na Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos, e na própria Quattor Químicos Básicos, em Santo André, na região do ABC paulista.

O investimento da Quattor no polo chega a R$ 2,3 bilhões (cerca de US$ 1,2 bilhão, pelo câmbio de ontem), um valor significativamente acima dos US$ 450 milhões estimados em 2003, quando o projeto começou a ser defendido pelos acionistas da empresa.

Com a nova produção no mercado, Mallmann afirmou que a Quattor poderá aumentar sua exportação de resinas a fim de não prejudicar a oferta e deprimir os preços no mercado interno. Hoje, a empresa exporta 25% a 30% de sua produção.

Embora tenha dito que o esforço seja a favor de colocar a operação do ABC em funcionamento, Mallmann disse que a Quattor estuda alternativas para o próximo ciclo de crescimento. Entre as opções, estão a entrada na segunda geração petroquímica do Comperj, a expansão da Rio Polímeros e uma nova ampliação do polo do ABC utilizando o gás de refinaria. "Não temos hoje um projeto aprovado no conselho", afirmou.