21/07/15 14h59

Raízen inaugura na quarta-feira usina de etanol 2ª Geração em Piracicaba

Jornal de Piracicaba

A Raízen inaugura em Piracicaba, na próxima quarta-feira (22/07), sua usina exclusiva para a produção de etanol de segunda geração, conhecido como 2G.

A planta recebeu investimentos de mais de R$ 230 milhões e teve as operações iniciadas em novembro do ano passado.

A capacidade de produção da unidade chega a 40 milhões de litros do biocombustível por ano.

Interligada à Costa Pinto, a nova usina é a primeira do grupo a produzir o etanol celulósico, que é obtido a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar.

Também é a única com interligação dos processos de produção do biocombustível de primeira e de segunda geração, com setores de fermentação e destilaria compartilhados, o que garante eficiência e ganhos logísticos ao grupo.

Na apresentação da usina à imprensa, em dezembro do ano passado, o vice-presidente de etanol, açúcar e energia da Raízen, Pedro Mizutani, lembrou que do início do projeto de produção do etanol 2G até a conclusão da primeira usina foram longos dez anos de trabalho.

A fabricação do biocombustível celulósico é fruto de uma parceria da Raízen com a logen Corporation, empresa canadense de biotecnologia, que possibilitou a formação da joint venture Iogen Energy, que é a detentora da tecnologia de processo da biomassa para produção do etanol de segunda geração.

“No final de novembro, tivemos o primeiro etanol celulósico feito pela Raízen e nosso sonho é agora construir mais sete plantas integradas para produção desse biocombustível. Temos muito a aprender, mas o etanol de segunda geração começa a ser uma realidade”, afirmou Mizutani na ocasião.

Ele também destacou todo o potencial do etanol 2G para atender à demanda crescente por biocombustíveis no Brasil e no mundo e reforçou que a Raízen seguirá investindo nesta tecnologia para ampliação da produção.

A expectativa do grupo é chegar a 1 bilhão de litros por ano quando as oito plantas estiverem em pleno funcionamento.

Com a tecnologia de segunda geração, os resíduos da cana passam por um prétratamento com desestruturação das fibras, que depois são transformadas em açúcares solúveis por meio de hidrólise enzimática.

Na fase seguinte, a fermentação converte o açúcar em etanol, que é purificado e enviado à comercialização.

Além da sustentabilidade, o 2G permite incrementar a produção anual do combustível sem aumento na área de cana cultivada.