21/12/09 15h56

Receita da Merial cresce 12% em 2009

Valor Econômico

Ao contrário do que sugeria o pessimismo do início do ano, a Merial vai encerrar 2009 com um crescimento de 12,7% em seu faturamento. A empresa terá uma receita de R$ 300 milhões (US$ 174,4 milhões), resultado obtido com as vendas dos últimos seis meses. Com isso, a empresa projeta investimentos de US$ 5 milhões (US$ 2,9 milhões) em 2010, sobretudo nas fábricas de vacinas contra raiva e aftosa.

Principal negócio da empresa, com participação de 65%, o segmento de ruminantes passou por ajustes na distribuição de produtos e aumentou a presença em pontos de venda mais isolados. O resultado foi um crescimento de aproximadamente 4% sobre 2008, sendo que a empresa voltou a ser líder na venda de produtos para pecuária. A empresa ficou com uma participação de 14,8%, segundo a consultoria Kleffmann.

Dois mil e nove prometia ser um ano de pessimismo diante dos reflexos da crise mundial que ainda atingiam o Brasil. A queda nos preços das commodities, a expectativa de redução nas exportações de carne e redução na demanda mundial fizeram com que a Merial revisasse seu orçamento para o ano nos primeiros 15 dias de janeiro. "Mal havíamos apagado a luz de 2008 e já estávamos refazendo os planos para 2009", disse ao Valor Alfredo Ihde, presidente da empresa para o Cone Sul.

O executivo lembra que no início do ano havia uma orientação para que a produção de aves fosse reduzida em 20%, o que representaria uma diminuição da mesma ordem na demanda por insumos. Com uma participação de 15% no resultado da empresa, o segmento voltou a crescer, a produção retomou os patamares de 2008 e, com lançamento de produtos que foram bem aceitos pelo mercado, a Merial obteve um crescimento de 9,5% nesta categoria. A linha pet também reverteu a tendência negativa projetada para 2009 e encerrou o ano com crescimento de 13%. Com uma fatia de 15% da receita da Merial, o setor está diretamente relacionado ao poder de compra das pessoas.

O resultado negativo ficou por conta dos suínos. O setor enfrentou uma queda de preços no mercado interno, sentiu a desvalorização do dólar e os produtores viram sua rentabilidade diminuir. Consequentemente, os investimentos também foram menores.