05/02/09 14h31

Receita de subsidiária no Brasil cresceu 20% em dólar no ano passado

Valor Econômico - 05/02/2009

O faturamento da Roche Brasil cresceu mais do que o dobro da alta registrada globalmente pelo grupo suíço, e as perspectivas continuam positivas para este ano, indicou ontem o diretor-geral da empresa no país, Adriano Treve. Os ganhos globais foram afetados pelo câmbio e as turbulências no mercado financeiro. Houve queda de 1% nas vendas no ano passado, alcançando 45,6 bilhões de francos suíços (cerca de US$ 39 bilhões) - em dólar, porém, a alta foi de 10% e em moedas locais de 6% juntando as duas divisões de farma e diagnósticos. A valorização da moeda suíça reduziu as vendas em 3,2 bilhoes de francos suíços, quase o mesmo valor que o grupo pagou pela empresa Ventana, dos EUA, especializada em diagnósticos. O lucro global líquido caiu 5%, para 10,8 bilhões de francos suíços. O mercado recebeu mal os resultados e derrubou a ação da Roche em 7,88% ontem. No Brasil, o lucro só será anunciando em abril, mas será também "bem positivo". Na América Latina as vendas aumentaram 16% em francos suíços comparado com a alta de 13% no resto do mercado, segundo seu diretor regional, Ernest Egli. "Os fundamentos da economia latino-americana são sólidos, mas prestamos muita atenção ao desenvolvimento do mercado farmacêutico, porque os efeitos negativos da crise podem nos atingir no futuro", afirmou. A América Latina representa 7% das vendas da Roche. As vendas foram especialmente fortes nos mercados emergentes, e ajudaram as divisões farma e diagnóstico crescerem consideravelmente mais rápido que a média mundial No Brasil, as vendas da subsidiária aumentaram 20% em dólar, totalizando R$ 1,6 bilhão (US$ 874.3 milhões). Isso seria superior também à expansão da indústria local. Enquanto a Roche mundial projeta aumento de vendas em 5% em moeda local este ano, a Roche Brasil aposta em expansão acima de 10%. Também os investimentos vão crescer no país. Aumentaram 24% em 2008, alcançando US$ 28 milhões, basicamente em pesquisas clínicas, e a projeção é que a expansão seja maior em 2009.