18/12/09 12h28

Rede Tok & Stok retoma planos de expansão

O Estado de S. Paulo

Depois de adiar seus investimentos em 2009 por causa da crise econômica, a rede de lojas de móveis Tok & Stok vai retomar seu plano de expansão em 2010. A empresa obteve um financiamento de R$ 59 milhões (US$ 34,3 milhões) do BNDES para compor um programa de investimentos que prevê a abertura de pelo menos 12 lojas até 2012. E começa a planejar uma futura abertura de capital.

Pelo menos metade dos 27 pontos de vendas da rede no País será reformada. O principal objetivo da expansão será aumentar a presença nas capitais. Atualmente, a Tok & Stok está em dez delas. Em março, abre a segunda loja em Brasília e, ainda no primeiro semestre, a primeira em Florianópolis. O gerente de Expansão e Novos Negócios, Paul Dubrule, herdeiro da empresa fundada por seus pais em 1978, conta que o primeiro alvo dos investimentos é a megaloja de 5 mil m² do bairro Pinheiros, em São Paulo.

O bom desempenho do mercado interno na crise e as previsões otimistas para a economia trarão uma boa oportunidade para o varejo se houver crescimento acima de 4% nos próximos anos, acredita Dubrule. A meta da rede é aproveitar a onda para alcançar o ritmo de abertura de 4 a 5 lojas por ano e ganhar musculatura para abrir capital. "Temos uma empresa hoje organizada, formal em todos os aspectos de governança. Estaríamos prontos hoje para uma abertura de capital. Talvez ainda não tenhamos tamanho, mas com certeza esse é um objetivo de médio e longo prazo", afirmou.

A loja de Pinheiros dobrará de tamanho em 2010. O projeto de R$ 10 milhões (US$ 5,8 milhões) estava previsto para o início deste ano, mas a crise assustou. O único projeto que não foi adiado foi a nova loja de Curitiba, de 6 mil m², que já estava adiantada. "Postergamos uma série de projetos. Poderíamos ter aberto três lojas este ano, mas preferimos esperar. No final, o varejo não foi tão afetado e não tivemos queda no faturamento", diz Dubrule, que espera fechar 2009 com receita de R$ 700 milhões (US$ 407 milhões), patamar bem próximo ao de 2008, segundo ele.