20/12/12 15h57

Renda mensal da RMC é 34% superior à nacional

Correio Popular

O rendimento médio mensal das pessoas economicamente ativas na Região Metropolitana de Campinas (RMC) é 34,15% superior à média nacional. Dados divulgados ontem pelo IBGE, com base nas informações do Censo 2010, mostram que o valor na região era de R$ 1.781,42 (US$ 848,3), enquanto no País chegava a R$ 1.327,91 (US$ 632,3).  Na RMC, a remuneração subiu 80,91% entre 2000 e 2010. No Brasil, a alta foi de R$ 686,40 (US$ 326,9) para R$ 1.327,91 (US$ 632,3), com variação de 93,46%.

De acordo com a Acic, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 2000 a 2010, foi de 107,58%. Os homens receberam um valor médio de R$ 2.129,25 (US$ 1.013,9) na região. Em relação ao rendimento de 2000, quando o valor era de R$ 1.156,93 (US$ 550,9), houve alta de 84,04%.

No País, a alta foi de 95,03%, com salto de R$ 779,33 (US$ 371,1) para R$ 1.519,94 (US$ 723,8). Os salários das mulheres continuam bem menores do que os do homem. A remuneração feminina em 2010 foi de R$ 1.346,80 (US$ 641,3) na região. No Censo de 2000, o valor apurado foi de R$ 717,05 (US$ 341,5). As informações do Brasil apontaram que as mulheres ganhavam R$ 533,04 (US$ 253,8) no ano de 2000 e saltaram para 1.078,54 (US$ 513,6) em 2010.

Apesar de ainda ter vencimentos abaixo do dos homens, a mulher vem ganhando espaço no mercado de trabalho. Entre as pessoas a partir de dez anos economicamente ativas, o contingente de mulheres passou de 491.515 no estudo anterior para 677.783 no censo atual. A variação foi de 37,89%.

Os homens representaram 55,55% do total de pessoas com dez anos ou mais economicamente ativas na região. Há 846.914 pessoas do sexo masculino em atividade na RMC. Em 2000, o contingente era de 693.836 trabalhadores. O crescimento da força de trabalho masculina foi de 22,06% no período. No País, a evolução da participação dos homens foi de 20,70% entre 2000 e 2010. Eles representaram no censo atual 56,50% do total (52,82 milhões de pessoas) de 93,50 milhões de trabalhadores. A quantidade de mulheres era de 40,67 milhões e significava 43,50%.

O crescimento da economia brasileira impulsionou o emprego e a renda no Brasil. A professora de Economia da PUC-Campinas Eliane Rosandiski afirmou que o cenário da década passada foi positivo para os trabalhadores. Ela disse que o avanço das atividades no comércio e serviços favoreceu a inclusão de mais mulheres no mercado. “Entretanto, a remuneração da mulher está abaixo da que é recebida pelos homens.