18/10/18 11h46

RMC: dez cidades têm alta qualidade de vida

Região do Viaduto Laurão, próximo ao Bosque dos Jequitibás, considerado um dos pulmões de Campinas: água e cultura aparecem bem avaliados

Correio Popular

Escrito por: Rogério Verzignasse

Dez dentre 15 cidades avaliadas na Região Metropolitana de Campinas (RMC) contam com alto grau de qualidade de vida. A pesquisa é organizada a cada trimestre pela Indsat, agência privada que mede os índices de satisfação com os serviços públicos. Pela quarta edição consecutiva, Indaiatuba aparece no topo do ranking. A cidade obteve aprovação absoluta em 13 dos 16 serviços analisados.

Em seguida, aparecem no ranking as cidades de Nova Odessa e Jaguariúna. A aprovação em quesitos como saúde, educação e abastecimento de água, por exemplo, foram essenciais para que as três cidades pudessem obter uma pontuação geral que ultrapassou os 740 pontos.

Dez cidades, no entanto, obtiveram pontuação acima dos 657 pontos, que representam satisfação alta dos moradores.
Depois das três primeiras colocadas, integram a relação das melhores as cidades de Santa Bárbara d’Oeste, Vinhedo, Valinhos, Itatiba, Artur Nogueira, Americana e Hortolândia.

As cinco cidades que vêm a seguir alcançaram índice médio de qualidade de vida, segundo os próprios moradores: Campinas, Paulínia, Monte Mor, Cosmópolis e Sumaré, com pontuações que variaram entre 584 e 641. Todas elas, no caso, ficaram abaixo dos 674 pontos, média da RMC.

PECADOS PONTUAIS

O mais interessante na pesquisa é que a deficiência constatada em apenas um serviço público é capaz de derrubar um município para a parte de baixo da tabela. É o que foi constatado, por exemplo, em algumas das cidades mais ricas da região.
Paulínia, por exemplo, maior PIB per capita da RMC, despencou no ranking por conta da péssima avaliação do prefeito Dixon Carvalho (PP), que hoje carrega nos ombros a tradição história de uma cidade mergulhada, ano após ano, em escândalos políticos e denúncias. O povo de Paulínia também reclamou do abandono do polo de produção cinematográfica, por exemplo, e da queda de qualidade na saúde e na educação pública.

Campinas, maior cidade da região metropolitana, tem avaliação alta em quesitos como cultura e abastecimento de água. No transporte público, os usuários têm operações conflitantes: enquanto 34% consideram o serviço ótimo, 35% o acham péssimo. A saúde pública é considerada ruim por quase todos, e isso fez a cidade perder pontos preciosos.

Americana, que sempre ocupou as primeiras posições nos índices de qualidade de vida da RMC, se tornou apenas a nona entre as dez melhores por razões há muito tempo conhecidas: a qualidade da água é ruim, os serviços do Departamento de Água e Esgoto são péssimos.

INDAIATUBA

Indaiatuba, a melhor cidade da RMC segundo a agência Indsat, obteve 765 pontos, com alto grau de satisfação nos quesitos administração pública, qualidade de vida, segurança pública, saúde, limpeza e abastecimento de água. O próprio governo municipal somou 707 pontos e durante todo o ano de 2018 foi considerada ótimo ou bom pelos entrevistados. Segundo o prefeito Nilson Gaspar (MDB), os dados refletem gestão eficiente, servidores públicos dedicados e população engajada.

SUMARÉ

Sumaré é a cidade com pior avaliação da RMC no ranking da qualidade dos serviços públicos prestados. A cidade ocupa a 15ª colocação. Historicamente, a população enfrenta índices indesejados de violência e pede mais investimento em segurança. Mas o prefeito Luiz Dalben (PP) tem muito o que comemorar. A pontuação média da cidade subiu de 394 para 589 em quatro trimestres. E ele próprio, o prefeito, hoje é aprovado por 74% dos entrevistados.

FIQUE POR DENTRO

O desempenho de cada cidade da RMC no índice de satisfação do público pode ser conferido no https://www.indsat.com.br.

A página virtual traz os resultados detalhados por cada setor avaliado, cidade por cidade. O mesmo espaço conta a história da agência e explica a metodologia para a avaliação dos setores.