28/12/06 15h14

Ryder, na briga por US$ 40 milhões

Valor Econômico - 28/12/2006

A Ryder Logística se prepara para implementar no Brasil um novo modelo de operação, encomendado por duas montadoras. Os nomes dos clientes são mantidos em sigilo, mas os projetos deverão render à empresa US$ 40 milhões já no próximo ano. Os estudos para o projeto, descrito como "revolucionário" pelo presidente da Ryder no Brasil, Antonio Wrobleski Filho, vêm sendo realizados desde o começo do ano e podem sair do papel a partir de fevereiro de 2007. O sistema permite a interligação entre as unidades dessas montadoras na América Latina. As fábricantes de veículos chegaram a cogitar o México para implantar a nova modelagem logística. O setor automotivo também é um dos focos principais da análise feita pela americana Ryder para implantar uma nova subsidiária na Colômbia, que atenderia os demais países do pacto andino. Wrobleski foi escolhido pela matriz para chefiar uma equipe de consultores, advogados e ouvir os clientes locais. A empresa deve bater o martelo entre julho e agosto.  Na América Latina, a Ryder possui representações no México, Chile, Argentina e Brasil, que se reportam ao vice-presidente da região, baseado em Miami (Estados Unidos). Entretanto, a unidade brasileira possui uma subsidiária na Argentina (independente da Ryder Argentina), devido ao elevado movimento de carga entre os dois países.  Pelos cálculos de Wrobleski, a Ryder é o maior transportador rodoviário na fronteira entre os dois países (com 18% da movimentação total). A companhia fecha o ano com 22 mil carretas transportadas entre os dois países. Do Brasil à Argentina, foram movimentados cerca de 12 mil caminhões da Ryder. Dona de um faturamento de US$ 100 milhões em 2006 - no mundo o grupo fatura US$ 5,4 bilhões -, a subsidiária brasileira da Ryder tem como objetivo dobrar essa cifra até 2012, apostando em outros nichos, como o de produtos de consumo massivo, tecnologia e alimentos. A empresa possui hoje cerca de 600 carretas, número que deve subir para mil nos próximos cinco anos. Apenas em 2007, devem ser adquiridos 150 novos equipamentos.