Santa Marina prepara estratégia para crescer

Gazeta Mercantil - 02/07/2008

Denis Simonin desembarcou no Brasil em abril passado e, em dois meses, traçou as metas para fazer crescer a presença das linhas Duralex e Marinex nos lares brasileiros e no exterior. O executivo francês - que deixou o comando das operações de embalagens no Chile e na Argentina para assumir a direção da divisão Santa Marina da Saint-Gobain Vidros - disse que o desafio será encontrar oportunidades para elevar em cerca de 40% o volume de vendas em cinco anos. Isso considerando um cenário de câmbio desfavorável - a empresa tem 40% das vendas atreladas ao dólar - e a presença já em 95% dos lares brasileiros. Mas Simonin aposta na população que está entrando no mercado de consumo brasileiro, equivalente ao de muitos países. No ano passado a divisão, que o grupo francês Saint-Gobain planeja vender junto com as unidades de produção de embalagens de vidro para concentrar-se na área de construção, faturou R$ 220 milhões (US$ 137,5 milhões), alta de 10% na comparação com 2006. A expansão foi garantida pelo mercado interno, uma vez que as exportações, cerca de R$ 80 milhões (US$ 41,5 milhões), tiveram queda equivalente em valores, apesar do volume 5% maior. A partir do Brasil são atendidos 80 países. Na África do Sul a empresa tem 70% de participação de mercado com Marinex, cuja tecnologia permite que o produto vá ao forno, freezer e microondas e garante rentabilidade melhor ao grupo. Os principais compradores externos estão na Argentina, Chile, México, Espanha, Portugal e Oriente Médio. Pelo maior valor agregado a linha Marinex traz maior retorno com as exportações, mas a assinatura Duralex para pratos e copos, entre outros utensílios, também vai para o exterior. Neste caso, com menor tecnologia a briga por preço é maior. Entre as tecnologias com a qual a empresa espera crescer no exterior está o refratário com Teflon, lançado em 2007 e já exportado.