27/08/09 11h16

Santos receberá aportes de US$ 2,81 bilhões para expansão

DCI

O Porto de Santos, o maior do País e administrado pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), está com projetos de expansão e de melhorias na infraestrutura que, contabilizados, somam investimentos de cerca de R$ 5,2 bilhões (US$ 2,81 bilhões), divididos entre a iniciativa privada e o poder público. Isso sem contar o plano do "novo porto", para a região denominada Barnabé Bagres, hoje objeto de estudo de viabilidade por três grupos e que deve ganhar um orçamento até o final de setembro próximo.

A importância desses aportes pode ser vista no levantamento do potencial de avanço no Porto de Santos, que está em andamento, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vislumbra que a unidade tem condições de saltar dos atuais mais de 80 milhões de toneladas movimentados, para quase 230 milhões em 2024 - levando em consideração um cenário pessimista, este número ficaria em 130 milhões.

Em relação às ações de expansão em curso nas docas santistas, o executivo listou obras como as das avenidas perimetrais, que somam mais de R$ 500 milhões (US$ 270,3 milhões), a realização da dragagem (aprofundamento) e derrocagem do canal portuário, o que devem consumir mais de R$ 340 milhões (US$ 183,8 milhões) nos próximos anos - estes via aportes de públicos. Mas existem investimentos pesados planejados pela iniciativa privada, como o R$ 1,6 bilhão (US$ 864,7 milhões) do Brasil Terminal Portuário (BTP), da Europe Terminal, e o R$ 1,2 bilhão (US$ 648,6 milhões) que devem ser injetados pela Embraport, do Grupo Coimex, entre outros projetos em andamento.

Por outro lado, o desfecho positivo de todo o desenvolvimento do Porto de Santos também depende do desenrolar das novas regras que estão sendo discutidas para serem implantadas no setor, como as novas normas de concessão de terminais e com andamento das iniciativas públicas. Outro ponto é a apresentação definitiva do plano de expansão do porto, que terá uma proposta de reestruturação da Codesp que inclusive pode desencadear uma abertura de capital. O trabalho é feito por The Louis Berger Group e Internave Engenharia, vencedores de uma licitação feita pelo BID.