20/08/08 14h17

São Paulo vistoria 101 fazendas para vender carne à UE

Valor Econômico – 20/08/2008

São Paulo pretende retomar até o fim do ano as exportações de carne bovina in natura para a União Européia (UE) e o Chile, os dois principais destinos dos embarques paulistas até o fim de 2005, quando o Estado perdeu o status de área livre de aftosa. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) devolveu o status de Estado livre da doença com vacinação em 27 de maio deste ano. No caso das exportações à UE, 101 fazendas já requisitaram a auditoria que vai verificar se elas se enquadram nos requisitos exigidos para fornecer animais para abate e posterior venda de carne bovina ao bloco, disse ontem o secretário de Agricultura de São Paulo, João Sampaio. Elas fazem parte de um universo de 1.050 propriedades certificadas como ERAS (Estabelecimento Rural aprovado pelo Sisbov, o sistema de rastreamento do governo federal). As auditorias começaram na semana passada, segundo o secretário, e devem se estender até setembro. Em julho, 30 pessoas foram treinadas para trabalhar nas vistorias. Outras 30 devem aumentar o grupo no início do próximo mês. O acompanhamento técnico para aprovar as exportações para o Chile deverá ocorrer na segunda metade de outubro, quando técnicos chilenos virão ao Brasil para verificar o sistema de defesa agropecuário do país. As vistorias ocorrerão em dois Estados, e a expectativa é que São Paulo seja um deles, segundo Sampaio. Os chilenos e o Ministério da Agricultura brasileiro entraram em acordo para que as vistorias ocorram em frigoríficos e no sistema de defesa agropecuário de forma simultânea. "Isso vai dar mais agilidade ao processo", disse ele. "Esperamos retomar as exportações para lá até o fim do ano". Ainda que as vendas para a UE e o Chile, os dois principais compradores da carne paulista até 2005, sejam retomadas, é pouco provável que o volume de embarques repita o desempenho daquela época, acredita Sampaio. "Conquistamos outros mercados desde então. A soma desses dois será importante, mas não terá o mesmo peso daquela época", disse.