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São Sebastião vai movimentar carga para Petrobras

Valor Econômico - 29/01/2008

O porto de São Sebastião, no litoral norte do Estado de São Paulo, começa a entrar no emergente segmento "off shore" da bacia de Santos, com assinatura de contrato operacional com a Consolidated Pipe Carriers (CPC), de Cingapura, que passa a gerenciar a cadeia de suprimentos para o campo de Mexilhão. A Petrobras construirá um gasoduto de 135 quilômetros de extensão, até Caraguatatuba. Segundo o engenheiro Frederico Bussinger, presidente da Companhia Docas de São Sebastião, que assinou o contrato ontem, o porto movimentará 220 mil toneladas de cargas com essas operações, o que equivale a mais de 40% dos seus valores anuais históricos. O contrato tem a duração de seis meses, prorrogável por igual período. A implantação do gasoduto, que ficará por conta da Acergy, multinacional de engenharia submarina do segmento de petróleo e gás, contratada pela Petrobras, envolverá também o porto de Ubu, no Espírito Santo, onde serão embarcados 12 mil tubos. Depois de estocados no porto de São Sebastião, serão conduzidos para águas oceânicas, em direção à plataforma. O primeiro navio a chegar ao litoral paulista, o ´Box Carriers´, está programado para fevereiro, com previsão para abril do lançamento dos tubos no berço oceânico. O projeto Mexilhão está dimensionado para produzir 15 milhões de m3 de gás por dia, com maturação para 2010/2011. Em sua primeira etapa, até o início de 2009, produzirá o equivalente a 9 milhões de m3 diários. O contrato da Bolívia com o Brasil prevê o fornecimento de 30 milhões de m3/ dia. O porto de São Sebastião, com nova formatação jurídica desde junho de 2007, depois de sair do controle da Dersa, tem investimentos de curto prazo avaliados em R$ 6 milhões (US$ 3,4 milhões).